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Internacional  |  

Bernardo, 6 anos no Chipre e um problema à chegada: não era negro!

Empresário ficou admirado quando o viu

RedaçãoVHA

O Maisfutebol desafiou os jogadores e treinadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. São as crónicas Made in Portugal: Críticas ou sugestões? Escreva-nos para madein@iol.pt Conheça melhor o projeto Leia a apresentação de Bernardo Vasconcelos BERNARDO VASCONCELOS, ALKI LARNACA (CHIPRE)«Olá a todos, mais uma vez Hoje vou falar-vos da minha chegada ao Chipre, já no verão de 2006. Pelo meio, estive alguns meses em Israel mas voltei a este país. Até hoje. Quando recebi o primeiro telefonema a propor-me uma transferência para o Chipre, preferi aguardar. Porém, na falta de uma proposta melhor entretanto, acabei por embarcar com o meu empresário. Em 2006, só estavam dois ou três portugueses no futebol cipriota e nenhum na cidade que me acolheu, Pafos. O interesse e curiosidade nos portugueses surgiu muito por culpa do Ricardo Fernandes, na altura a jogar no APOEL e que foi o melhor jogador do campeonato, no ano anterior. As peripécias começaram logo à chegada. O empresário cipriota que intermediou a transferência foi-nos buscar ao aeroporto e ficou um pouco surpreendido quando me viu. Pegou no telefone e ligou ao clube. «Sim senhora, o jogador já chegou, mas temos um problema... é branco!». Pois é, venderam-me como um jogador negro, grande e possante! Ultrapassado o problema da «cor», seguiu-se a adaptação. Primeiro, ao calor e à humidade, o que foi dificílimo. Depois, a descoberta da ilha à beira mar plantada. O que nada tem a ver com chegar agora ao Chipre, onde estão mais ou menos 300 portugueses e há sempre alguém para dar uma ajuda ou uma dica. Ajudava o facto de quase todas as pessoas falarem inglês e de serem bastante acolhedoras. Complicava o facto de ser tudo feito quando fosse possível, com muita calma. Como dizem os cipriotas: «siga siga»! Nos primeiros dois anos, mudei muitas vezes de casa. A busca do lar perfeito. O primeiro carro era uma «bomba amarela» que foi para trás e teve de vir outro. Lembro-me bem das primeiras pessoas que conheci. Depois foram chegando os portugueses. Ao longo destes 6 anos na ilha já encontro muitas diferenças. O aeroporto é novo, a auto-estrada foi melhorada, vi nascerem os dois únicos shoppings, vi o Pound do Chipre morrer e o Euro nascer, em 2008. Mais tarde mudei-me para Nicósia e agora estou em Larnaca. Faltou-me Limassol. Paciência, pois de Larnaca só me mudo para Portugal! Um abraço para todos e até breve, Bernardo Vasconcelos»

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