Lisboa escapa ao pessimismo europeu e sai a ganhar
PT, BES e EDP Renováveis ajudam
A bolsa em Lisboa conseguiu escapar ao pessimismo Europeu e saiu a ganhar no fecho da sessão desta terça-feira, depois de ter estado a perder significativamente ao longo de todo o dia.
Na Europa, o cenário foi diferente. As bolsas registaram perdas entre os 1,57% e os 3,43%, ainda a ressentirem-se da falência do gigante americano. Depois do Lehman Brothers, os investidores temem mais falências. Os olhos estão postos na maior seguradora dos Estados Unidos, a AIG, que ou aumenta o seu capital dentro de horas ou corre o risco de apresentar falência. A notícia está a ser avançada pela CNBC, que cita fontes próximas da seguradora.
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Galp lidera perdas por cá
Ainda assim, Lisboa conseguir «fugir» aos maus ventos internacionais. O PSI20 encerrou a ganhar 0,09% para os 8.103,67 pontos, com o sector da energia a impedir maiores ganhos.
A Galp Energia derrapou 5,46% para os 11,24 euros, depois de ter afastado uma eventual parceria com a Repsol, dizendo que está a pensar em tudo menos em casamentos e uniões de facto. Também as acções da EDP recuaram 2,80% para os 2,95 euros, mas valeu a subida da EDP Renováveis que trepou 4,44% para os 6,34 euros.
BPI impede maiores subidas
O destaque da sessão vai, contudo, para o sector financeiro. O BPI tombou 2,00% para os 2,15 euros e BCP ficou estável nos 1,19 euros. Já o BES ganhou 1,61% para os 8,18 euros. As 3 instituições financeiras garantem que a exposição portuguesa à falência americana é «muito reduzida». No entanto, segundo as contas do «Jornal de Negócios», os fundos do BCP são os mais expostos ao Lehman Brothers.
A penalizar ficaram também os títulos da Sonaecom que perderam 0,47% para 1,90 euros. Mas a PT ajudou ao desfecho positivo ao subir 2,84% para os 7,24 euros. A Oni admite ir para tribunal contestar concurso na área da saúde, que dá vitória à Portugal Telecom. A empresa liderada por Zeinal Bava, garantiu à Agência Financeira estar tranquila, afirmando que «teve a melhor proposta».
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Cartão vermelho para o sector da construção. A Teixeira Duarte tombou 3,26% para os 0,94 euros e a Mota-Engil deslizou 1,13% para os 3,49 euros. Em entrevista à AF o presidente da Associação Portuguesa de Leasing e Factoring, Beja Amaro, disse que o mercado «vai ganhar novo fôlego» com grandes obras públicas e diz que o parque de máquinas é insuficiente para responder aos investimentos projectados.
EUA com tendência mista
Nos Estados Unidos, os mercados seguem mistos. O Dow Jones cai 0,27% mas o índice tecnológico, Nasdaq avança 0,38%, isto no dia em que a Reserva Federal norte-americana (a Fed) deve anunciar uma descida das taxas de juro naquele país, um anúncio que será feito ao final desta tarde.