Caixinha: «Este não é um jogo de treinadores»

Foi em Leiria que Pedro Caixinha convidou Sá Pinto para trabalhar na sua equipa técnica no comando dos leirienses. Este domingo haverá reencontro, mas agora em posições diferentes.

«Este não é um jogo de treinadores. Nem este nem nenhum. Quem decide os jogos são os jogadores e quem tem os melhores do seu lado tem maiores probabilidades de ganhar. Acredito que temos um lote com uma tremenda capacidade e competência que chegaram a uma casa que tem uma ideia de jogo e uma mentalidade de equipa grande. Disso não queremos abdicar», disse, ao abordar o reencontro com o seu ex-adjunto.

Ainda sobre o técnico do Sporting: «Estas são as suas qualidades humanas e que tem reproduzido no seu trabalho e na liderança de uma equipa de futebol. Não pensei nisso quando o chamei para trabalhar nem qual seria o seu futuro, a solo ou continuando na minha equipa. Pensei que ele tinha todas as competências para me acompanhar naquele momento e que algum dia cada um de nós ia seguir o seu caminho. Amanhã voltamos a encontrar-nos e vamos ser adversários, dentro da normalidade da profissão de treinador.»

O trabalho realizado por Sá Pinto não surpreende Pedro Caixinha: «Desde que ele entrou existiram algumas alterações. Logo na ideia de jogo, mas as maiores mudanças têm a ver com as características que ele passa para aqueles que lidera: a determinação, a atitude, a vontade de ganhar. É certo que o Sporting vem de três vitórias e que está a fazer uma campanha europeia tremenda e desejo que não só chegue à final como vença a Liga Europa. Mas na liga, e fora de casa, só ganhou um jogo com o Sá Pinto, marcou um golo e sofreu cinco. Tem apenas mais três pontos do que nós neste período de tempo. Amanhã queremos passar 22 pontos tal como eles», disse.

Por último, concordou com a ideia de que Sá Pinto terá algo de Pedro Caixinha, e explicou: «Provavelmente terá, porque aprendemos todos os dias e há algo que partilho com os meus colegas que tem a ver com a dinâmica de trabalho, lealdade, competência e espírito de missão. E ele encarnou isso na perfeição e adquiriu competências que está a passar para o seu grupo de trabalho.»