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Caju, o parceiro de Deco: «Fernando Santos e Jesualdo não dialogam com os jogadores»

Jogador que passou pelo F.C. Porto traça perfil dos treinadores lusos

Redação

Caju, jogador brasileiro que pisou os mesmos caminhos que Deco na fase inicial da carreira, concedeu sexta-feira uma interessante entrevista ao site «Trivela.com», em que traçou um perfil dos principais treinadores com que trabalhou ao longo do seu percurso em Portugal. Aos 30 anos, o jogador prepara-se para regressar ao seu país, dez anos depois de ter seguido viagem com Deco em direcção ao Alverca, por intermédio do Benfica. Caju e Deco também partilharam o balneário do F.C. Porto, mas o primeiro seguiu uma trajectória inversa, descendente. «No F.C. Porto, infelizmente, eu tive poucas oportunidades, joguei só duas partidas, e como médio volante... Eu estava habituado a actuar como médio ofensivo ou segundo avançado... Eu não senti o peso da camisola, o problema foi que eu fui contratado pela direcção, e não por indicação do treinador, o Fernando Santos», começou por explicar. Caju não tem uma opinião favorável sobre o actual treinador do Benfica, tal como em relação a Jesualdo Ferreira, com quem trabalhou no Alverca: «O Fernando Santos é um treinador duro, ele é disciplinador, quer tudo certinho. O problema é que ele não é muito adepto de diálogo. É muito centralizador. Ele faz o que quer e ponto final.» «O Jesualdo, tacticamente, é muito bom, embora seja um pouco defensivo. Eu não gostei de trabalhar com ele por causa disso. Assim como o Fernando Santos, ele também não pede a opinião do jogador, não quer saber o que o atleta está a sentir. Fernando Santos e Jesualdo não dialogam com os jogadores. Já o Couceiro, até hoje eu ainda falo com ele por telefone. É um treinador fantástico, de muito diálogo, que gosta de trabalhar muito a parte psicológica. Ele também enfatiza mais o treino com bola do que o treino físico», sintetizou. «Há preconceito contra os brasileiros», garante CajuCaju lamenta ainda o alegado preconceito dos jogadores portugueses contra os brasileiros. «Lembro-me que, quando eu cheguei a Portugal (em 1997), coisa muito chata. O João Vieira Pinto deu uma entrevista na televisão a dizer que Portugal não precisava de jogadores brasileiros, justificando a conquista do Mundial sub-20, de 1991, como um exemplo da qualidade do futebol português e das categorias de formação do país», lembrou. «Isso acontece porque, geralmente, o brasileiro é mais técnico e habilidoso, e eles sabem disso. Há muitos jogadores portugueses que são boas pessoas, conversa connosco, fazem amizade, mas esses problemas existem. Eu vi muitos casos desses», concluiu.

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