Governo acusado de teimosia no subsídio de desemprego
Deputados lembram que cerca de metade dos desempregados não tem acesso a esta prestação social
Os partidos da oposição acusam o Executivo de teimosia, por este se recusar a alterar as regras de atribuição do subsídio de desemprego, numa altura em que se estima em cerca de meio milhão o número de pessoas sem trabalho.
No debate de actualidade requerido pelo CDS-PP sobre a crise, depois de o Banco de Portugal ter dito que a economia nacional deverá contrair-se 3,5% este ano, vários deputados dirigiram críticas ao Governo.
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Paulo Portas, do CDS-PP, foi o primeiro a desafiar o Governo a mudar a sua posição. «Não quer rever as regras do subsídio de desemprego para os jovens e para os casais? Ainda ontem o Governo espanhol acabou com essa teimosia e mudou as regras», lembrou o deputado.
Também Luis Fazenda, do Bloco de Esquerda, propôs várias medidas para ajudar os mais fragilizados pela crise. Entre as sugestões do Bloco está um aumento intercalar das pensões de reforma mais baixas, mas também a alteração das regras do subsídio de desemprego. «Metade dos desempregados não tem acesso a esse subsídio e essa proporção vai aumentar».
Honório Novo, do PCP, também apelou a um maior apoio aos desempregados e à alteração das regras do subsídio e Heloísa Apolónia, do PEV, concluiu dizendo que «o Governo tem de por de parte a sua arrogância nesta matéria».
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