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Clássicos com história: um empate que decidiu o título no confronto directo

Benfica-F.C. Porto, 1-1 (1955/56)

O campeonato da época 1955/56 foi um dos mais disputados de sempre. Benfica e F.C. Porto terminaram a prova em igualdade pontual, mas a festa fez-se na cidade invicta, devido à vantagem no confronto directo. O jogo da 2ª volta, disputado no Estádio da Luz, acabou por isso por ser decisivo, até porque faltavam seis jornadas do fim. O Benfica tinha perdido na ronda anterior em Coimbra e estava a dois pontos do líder, pelo que esta era a oportunidade para alterar o rumo dos acontecimentos. Era preciso acima de tudo ganhar, mas também procurar reverter a desvantagem no confronto directo, uma vez que na primeira volta os «dragões» tinham vencido por 3-0. A tarefa parecia difícil e mais complicada ficou quando Teixeira inaugurou o marcador, ainda na primeira parte (31m), e colocou os visitantes em vantagem. O Benfica tentou reagir mas não conseguia marcar, ressentindo-se das ausências dos lesionados Cavém e Caiado. O F.C. Porto, no entanto, acabaria por sofrer um revés, aos 75 minutos, com a expulsão de Hernâni. Numa época em que os jornalistas podiam ir ao balneário do árbitro no final da partida, o juiz Evaristo Silva explicou que o cartão vermelho tinha sido mostrado por tentativa de agressão. Em superioridade numérica o Benfica ganhou novo alento e chegou ao empate no minuto seguinte, por intermédio de José Aguas, que também tinha estado em dúvida para a partida. A equipa encarnada evitava a derrota mas falhava o assalto à liderança. Mais do que isso, entregava praticamente o título ao rival. Os jogadores do F.C. Porto sabiam disso e no fim soltaram as lágrimas. Na memória de todos os que assistiram à partida ficou a entrega de todos os intervenientes. O jornal «Mundo Desportivo», no dia seguinte, escrevia que «atletas de tal raça não mereciam ser vencidos». «O que os guiava, o que os empolgava, não era nada de significado material, não era ganância de dinheiro, não era sequer cobiça de glória», acrescentava o autor da crónica, Alfredo Farinha. Estádio da Luz, em Lisboa 4 de Março de 1956 Árbitro: Evaristo Silva (Leiria) Costa Pereira; Jacinto, Artur e ngelo; Calado e Alfredo; Palmeiro, Coluna, Águas, Salvador e Garrido Pinho; Virgílio, Miguel Arcanjo e Osvaldo; Pedroto e Monteiro da Costa; Hernâni, Gastão, Jaburu, Teixeira e Perdigão. Golos: Teixeira (31m) e Águas (76m)

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Um empate que gerou lágrimas Ficha de Jogo: Benfica: F.C. Porto:
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