Criadores dos festejos estranhos sonham ver a celebração em Portugal
Inventaram comemorações do Stjarnan e lançam desafio: mas se os imitar, tem de nos mostrar!
Apresentam-se como Mulekes Piranha e até há bem pouco tempo eram uns perfeitos desconhecidos. Nascidos na favela de Jacarezinho, a mesma que viu nascer Romário, imitaram os passos de muitos jovens e seguiram o caminho da música, virando pelo lado mais fácil: o funk brasileiro. Sem um sucesso particular.
Em meia-dúzia de semanas, porém, a sorte de Baianinho, WD, Iguinho e FB mudou por completo. Os quatro atingiram o estrelato. Hoje são representados por uma agência, vão lançar um DVD e têm concertos marcados por todo o Brasil «e até no estrangeiro». A culpa... é do futebol. Ou antes, de uma equipa de futebol.
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Os islandeses do Stjarnan atingiram também eles o estrelato à custa de festejos estranhos, mas um dia esgotaram o stock. Nessa altura começaram a celebrar os golos com as coreografias dos Mulekes Piranha. «Eles lançaram um pedido na Internet e uma comunidade do Orkut enviou-lhes os nossos vídeos», conta WD.
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Do tropical Rio de Janeiro para a gelada Gardabaer foi um pulinho. Nem a distância estragou as coreografias. «Nota dez. Os caras são muito criativos e fizeram aquilo direitinho.» Melhor, não é? «Claro. Deu-nos uma repercussão enorme. Recebemos reacções de 150 países», diz WD em conversa com o Maisfutebol.
«O nosso sonho é ver Ronaldo fazer a bicicleta humana»
As coreografias, de resto, trazem muito de ginástica por trás. O que tem uma explicação. «Desde pequenos que todos temos jeito para a ginástica. Então nos ensaios criámos um ritual: cada um apresenta novos passos, juntámos tudo e criámos a coreografia. Queríamos dar algo diferente ao nosso funk e essa foi a solução.»
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Foi dessa forma que nasceu a bicicleta humana. Ou a sanita humana. Mas há mais. Há por exemplo a corda humana, há a flauta indiana, há a luta lenta e há até o caranguejo humano. «A pescaria fez o trajecto contrário. Foi criada pelos islandeses, mas era tão criativa que nós fazemo-la no nosso espectáculo.»
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Agora o desafio é ver mais equipas a festejar os golos com uma pitada de loucura. Até em Portugal. «As nossas coreografias são muito feitas nas escolas e já recebemos dois ou três vídeos de crianças de Portugal. Mas queríamos ver uma equipa de futebol festejar com a bicicleta humana ou com o crocodilo humano.»
No fundo gostavam que a ousadia dos Stjarnan criasse raízes. «O nosso sonho é ver Cristiano Ronaldo festejar um golo com a bicicleta humana», diz WD, enquanto dá uma gargalhada. «Então se fosse num Mundial, já era para lá do sonho. Mas se virmos uma equipa em Portugal fazer uma coreografia, já está bom.»
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Ora por isso aqui ficam mais alguns exemplos de formas para festejar golo. Pode sempre haver quem goste de inovar também nas celebrações. Seja da primeira divisão ou dos distritais, já sabe que pode utilizar à vontade. Mas se o fizer tem de gravar, para nos enviar o vídeo. Nós prometemos mostrá-lo a todo o mundo.
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