Mini-férias: semana de feriados dá «empurrão» à economia
Feriados puxam pelo consumo. Portugueses em crise aproveitam para ficar «cá dentro»
A semana conta com três feriados que poderão dar fôlego à economia nacional. Os portugueses aproveitam estas «pausas» para fazerem umas mini-férias «cá dentro». A Norte aproveitam a paisagem e a sul vão mesmo a banhos.
O primeiro feriado comemora-se já esta quarta-feira (dia de Camões, oficialmente dia de Portugal), o segundo na quinta-feira (corpo de Deus) e o terceiro chega no Sábado (dia de Sto António, em Lisboa).
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Os economistas defendem que estes feriados só podem «puxar» pelo consumo, o que poderá dar «um pequeno empurrão à economia».
O secretário-geral da associação de defesa dos consumidores DECO, Jorge Morgado, ouvido pela Lusa, diz que o facto de Portugal festejar dois feriados em dias consecutivos e Lisboa celebrar o seu feriado municipal dois dias depois «resultam num período favorável ao consumo de produtos de lazer».
Turismo lucra
«Isso pode constituir um pequeno balão de oxigénio, especialmente para as actividades ligadas ao turismo, da hotelaria à restauração, e ao próprio comércio», disse.
O responsável recordou ainda que «para quem tem emprego e salário fixo a situação nem é má», já que os preços não têm aumentado substancialmente. Os feriados vem assim ajudar à realização de «férias cá dentro».
Já o presidente da Confederação do Comércio Português (CCP) garantiu que, com «as exportações em baixa, o aumento da procura no mercado interno» tem um impacto favorável na economia.
«Não há nada de negativo, pelo contrário os feriados representam maior disponibilidade para o lazer e consumo, sobretudo em situações de redução de produção», disse José António Silva.
Rui Constantino, também economista, lembrou que tendo em conta a actual conjuntura, os períodos de descanso podem ser usados pelas empresas como instrumentos de gestão de pessoal.
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