Tantas voltas para acabar no sítio certo
Maisfutebol passou 90 minutos a analisar a exibição de Cristiano Ronaldo no Dinamarca-Portugal. O jogador do Real Madrid começou na esquerda, mas voltou a passar longos períodos no meio e na direita, o que ajudou a gastar o fôlego de Tiago e Nani. O golo acabou por aparecer, perfeito, a 14 segundos do fim. E resultou de um movimento da esquerda para o meio. O encaixe do capitão no novo esquema da seleção está por concluir, mas o essencial foi conseguido
Há um ano, na Suécia, tudo foi Ronaldo. Agora na Dinamarca a história foi bem diferente, mas o final acabou por ser semelhante. Durante 90 minutos, registámos todas as ações do capitão da seleção portuguesa. Foi dele o segundo toque no jogo, foi também dele a ação que recolocou a equipa nacional no trilho do Euro 2016. O final feliz, num movimento «à Ronaldo».
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Cristiano sofreu uma falta aos cinco minutos, ainda antes de ter uma verdadeira ação na partida. No mesmo minuto um toque para trás. Aos sete uma recuperação e um passe para Nani. Logo a seguir, entra pela direita e remata para boa defesa de Schmeichel, o filho.
Aos onze reaparece na esquerda, a tocar a bola. Aos 13 joga de calcanhar e permite o remate de Danny, para nova defesa do guarda-redes dinamarquês.
Por esta altura Ronaldo começou a movimentar-se mais. Às vezes no meio, uma ou outra vez até sobre a direita. Quando lá vai, normalmente fica. Isto tem como reflexo exigir de Nani sérias preocupações táticas. É preciso fechar o flanco esquerdo. O jogador do Sporting oferece-se muitas vezes para essa tarefa. Tiago, o médio desse lado, garante uma noite relativamente tranquila ao esquerdino do Benfica.
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É precisamente sobre a direita que Ronaldo volta a rematar, aos 17 minutos. Aproveita um mau passe dos dinamarqueses, mas a ação não sai perfeita. A bola passa em frente à baliza.
Aos 21 minutos, outro remate. É o terceiro. É de longe e sai ao lado. No total, Ronaldo fez seis remates, três dos quais à baliza. Um deu golo, mas já lá vamos.
Aos 22 minutos, toque curto. Aos 25, toque para a direita. Aos 26, outra vez pela direita, talvez a mais bonita jogada de Portugal. Ronaldo trabalha bem e cruza para Nani rematar de cabeça. A bola sai ao lado.
Estamos perto dos 30 minutos quando consegue um corte de cabeça e sofre uma falta. Segue-se um passe para Cédric. Comete uma falta. Combina com Danny. Nos últimos minutos da primeira parte desaparece do jogo. É apanhado fora-de-jogo. Intervalo.
A segunda parte começa com Ronaldo a desperdiçar um contra-ataque. O passe para Pepe sai demasiado longo. Fora-de-jogo, aos 48 minutos. Reaparece aos 51 minutos, na melhor oportunidade de Portugal. A bola sobra para Danny, que serve o avançado do Real Madrid. Com tempo e espaço, na área, muita gente deve ter levantado os braços. Schmeichel foi um deles e ocupou tanto espaço que conseguiu defender. Enorme, o guarda-redes.
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Um, dois, três toques. Um passe para Moutinho aos 60. Um mau passe aos 63 e outros aos 66. A segunda parte de Ronaldo é errática. Portugal muda duas vezes de sistema tático. Sai Nani, depois sai Danny e por fim Tiago. Aparecem por ali João Mário, Éder e Quaresma.
Aos 72 minutos torna-se útil a cortar uma bola de cabeça num canto. Segue-se um passe para trás e um remate aos 77 minutos. É o quinto. De pé esquerdo, por cima. Durante nove minutos desaparece. Um toque para Eliseu aos 86. Um toque para o lado aos 88. Um toque para trás, aos 89. Fora-de-jogo aos 90.
Cinco minutos de compensação.
A coisa não parece agradável. A Suécia parece, afinal, muito distante da Dinamarca.
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No primeiro minuto dos descontos, Ronaldo em fora-de-jogo. Depois uma falta que origina um livre frontal para a Dinamarca. Ronaldo vê amarelo. É o único da partida.
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