O inevitável «understatement» (e um FC Porto um pouco mais frágil)
O que mostra a derrota da Taça da Liga.
Dois temas neste desce...
Primeiro, a violência. E colocar a violência num desce é obviamente um understatement.
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Afirmar que algo negativo é… negativo não pode ser mais redundante, mas não deixa de ser importante sublinhar a escalada de acontecimentos, que tiveram vários episódios este fim de semana.
Não se pode dissociar o crescimento do número de incidentes da crise que já leva vários anos a empobrecer as famílias e a criar focos de conflito, transportados depois, direta ou indiretamente, para a periferia ou mesmo para dentro dos estádios.
É obviamente preocupante, e urge maior atenção de quem organiza as várias provas nacionais e continentais.
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Depois, a derrota do FC Porto na Madeira.
Não faria sentido, igualmente, deixar de destacar a eliminação dos dragões da Taça da Liga, aconteça o que acontecer nesta segunda-feira, no campeonato, com o Estoril.
Se Lopetegui ganhasse apenas a Taça da Liga não salvaria a época, e é preciso sublinhar desde já esta ideia. No entanto, desperdiçar a oportunidade de estar numa final e poder ganhá-la não deixa de ser um ponto negativo numa temporada que já deixou a equipa de Lopetegui sem a Taça de Portugal num clássico com o Sporting disputado no Dragão.
E, já agora, com um confronto agendado com o maior favorito a vencer a Liga dos Campeões.
Na Madeira, o FC Porto destapou fragilidades, que não estão apenas ligadas à rotatividade que Lopetegui mais uma vez fez vir à tona. Voltou a não conseguir gerir uma vantagem, como Evandro tão bem chamou à atenção após o apito final. Não teve o controlo do jogo.
Tal como acontecera no campeonato com o Nacional, os dragões, ao contrário de mostrar poderio num momento crucial da temporada, revelaram lacunas que não só os nivelam com o rival que perseguem, mas também abrem a porta a eventuais faltas de respeito por parte dos outros, os que até aqui os poderiam ver como inatingíveis no que falta de Liga.
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A derrota expõe os portistas, tal como o Benfica ficou exposto depois de Paços de Ferreira e Vila do Conde, e a poucos dias de um clássico que entregará a quem vencer (e só se alguém vencer) a maior fatia do título.
Luís Mateus é subdiretor do Maisfutebol e pode segui-lo no TWITTER.