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49 nomes (mais um) que fazem este Euro valer a pena

De Neuer a Grigg, os destaques individuais até aos quartos de final

Com os quartos de final à porta, é altura de fazer um balanço dos destaques individuais no Euro-2016. Os últimos dias confirmaram uma prova em crescendo de espectacularidade, depois de uma primeira fase para esquecer. Assim, é natural que alguns jogadores até aqui discretos comecem a brilhar mais intensamente na altura das grandes decisões e outras estrelas comecem a empalidecer. Mas até agora, com as equipas mais fortes a cumprirem quatro jogos, foram estes os jogadores que mais se destacaram*

*Critérios: terem pelo menos metade do tempo de jogo (180 minutos) e a sua equipa ter passado a fase de grupos.

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GUARDA-REDES

Buffon

Há dois tipos de protagonistas entre os postes. Por um lado, aqueles que comandam uma defesa forte e raramente são postos à prova – mas quando o são resolvem jogos. O exemplo mais evidente é o de Neuer, único guarda-redes sem golos sofridos em quatro jogos, que fez apenas 6 defesas, mas algumas delas de altíssimo grau de dificuldade. Na mesma linha surgem Buffon (8 d/3 j, 0 golos sofridos) e ainda o belga Courtois (14 d/4 j, 2 g). No polo oposto, estão guarda-redes como o islandês Halldorsson (20 d/4 j, 4 g) ou o húngaro Kiraly (fez 10 defesas só no jogo com a Bélgica!), alvos de autênticos massacres, mas igualmente decisivos nas carreiras das suas equipas. Menção honrosa para o provável titular da Polónia diante de Portugal: Fabianski só ganhou a titularidade no segundo jogo, mas foi decisivo na passagem da Polónia aos quartos, com 14 defesas e apenas um golo sofridos em três jogos e uma exibição exemplar diante da Suíça.

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LATERAIS

Raphael Guerreiro

Os oitavos de final ditaram o afastamento de dois dos melhores laterais do torneio: à direita, o croata Srna (43 cruzamentos!), à esquerda o suíço Rodríguez, que com os cruzamentos e os lançamentos laterais longos foi dos maiores alimentadores do ataque da sua equipa. Em prova, continuam, ainda assim, dois nomes fortes para cada flanco: à direita, o francês Sagna, bem mais consistente na seleção do que na Premier League e autor de uma bela assistência para Griezmann diante da Irlanda e, principalmente, o belga Meunier, uma das revelações da prova, que agarrou a titularidade no segundo jogo e está prestes a trocar o Brugge pelo PSG. À esquerda, é justo sublinhar que ninguém teve melhor desempenho do que português Raphael Guerreiro, impecável nos três jogos a titular. O alemão Hector também tem contribuído para a consistência defensiva da Alemanha e a sua fluidez no ataque.

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CENTRAIS

Boateng

Duas duplas bem acima das restantes: a eficácia alemã, com zero golos sofridos, tem vindo a ser baseada no rendimento de Hummels - 3 j e 1 assistência - e Boateng - 4 j, 1 golo e o corte sobre a linha mais espectacular da prova. De referir que o outro central utilizado, Mustafi, também contribuiu com um golo na única partida a titular, pelo que nenhuma outra equipa tem centrais com tanto peso ofensivo com a Alemanha. No entanto, é de destacar o desempenho dos italianos: num sistema 3-5-2, Bonucci eChiellinitêm estado em maior evidência. O primeiro assinou também uma das assistências do campeonato (para Giaccherini, contra a Bélgica), enquanto o segundo marcou um golo decisivo à Espanha.

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Mas a melhor exibição individual de um central neste Europeu foi do islandês Ragnar Sigurdsson, na vitória sobre a Inglaterra: além do golo – e ia marcando outro, de bicicleta! – assinou desarmes fantásticos na resistência aos ingleses tendo cometido apenas uma falta em toda a prova. Referência ainda para o belga Aldeweireld, que tem estado em muito bom plano e para três centrais que se enfrentam em Marselha, nesta quinta-feira: os polacosPazdan e Glik (recordista de alívios na área, com 41) grandes responsáveis pela solidez do bloco defensivo da equipa de Nawalka, e o português Pepe(40 recuperações de bola e só quatro faltas em todo o Euro) que limpou alguns erros na fase de grupos com uma exibição ao seu melhor nível diante da Croácia.

MÉDIOS DEFENSIVOS

Kroos

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Com algumas das melhores seleções deste Euro a usarem duplo pivô (Alemanha, Bélgica e Croácia), não espanta que vários dos médios em maior evidência partam de posições recuadas para mandar no jogo. É o caso de Kroos, rei da eficácia de passe e do passe de rutura, e indiscutível motor da seleção alemã nestes quatro jogos: até agora, o médio mais consistente deste Europeu. Excelente, também, excluindo o primeiro jogo, a dupla cortina belga, com NainggolaneWitsel em plano notável, inclusive no plano ofensivo (um golo para cada). Na mesma linha, muito bom Europeu do suíçoXhaka, segundo no ranking de passes efetuado, logo atrás de Kroos, e pêndulo na organização (algo previsível, é certo) da Suíça.Referências merecidas para o galês Joe Allen que introduz uma nota de subtileza e critério de passe numa equipa que prima pela robustez, e para o capitão islandês Gunnarson, rei dos lançamentos longos e símbolo da combatividade viking. Uma pena para o Euro (mas não para Portugal!) que Modric se tenha eclipsado ao segundo jogo depois de uma estreia fabulosa...

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MÉDIOS OFENSIVOS

De Bruyne

A diferença que um bom criativo pode fazer! Exemplo prático: a Bélgica entrou no Euro com Fellaini a ocupar a zona mais nobre do campo e foi vulgarizada pela Itália. Ao segundo jogo, De Bruyne passou da ala para o meio e a Bélgica transfigurou-se. O seu número 7, autor de três assistências e criador de 22 ocasiões de golo, é, nesta altura, um dos jogadores em maior evidência na prova. Nos quartos de final vai ter pela frente um congénere igualmente decisivo para o sucesso da sua equipa: o galês Aaron Ramsey, com duas assistências e um golo.

Numa equipa islandesa toda ela sacrifício e vigor físico, Gylfi Sigurdsson introduz os raros toques de classe. Por contraste, no meio-campo a cinco da seleção italiana, é o pequeno Giaccherini quem tem autorização para aparecer mais perto dos avançados, por vezes com resultados devastadores – a Bélgica que o diga. De Özil, apesar do penalti falhado com a Eslováquia, continuam a surgir rasgos de um talento que se exprime ao melhor nível nas grandes competições internacionais. Por fim, justas homenagens a dois artistas caídos nos oitavos de final: o croataRakitic e, principalmente, o espanholIniesta, que nos dois primeiros jogos da Roja deu um recital de inteligência em movimento.

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EXTREMOS

Payet

Uma das tendência táticas deste Euro-2016 tem sido a colocação de grandes criativos e desequilibradores a partir de uma das alas, para potenciar os movimentos de aproximação à área, para o remate ou a assistência. Tem sido assim com dois dos maiores destaques individuais da prova: o francês Payet (dois golos e uma assistência) e o belgaHazard(um golo, três assistências). Também o polaco Blaszczykowski(dois golos, uma assistência) tem brilhado nos movimentos da direita para o meio, num Europeu em que os extremos clássicos, de ir à linha cruzar, são espécie em vias de extinção. Até por isso, o recital do alemão Draxler, em especial diante da Eslováquia faz aguçar as expetativas em relação ao seu duelo com uma defesa de topo, como a italiana. Duas menções honrosas, a fechar, para o croataPerisic, o jogador mais eficaz de uma das boas seleções deste Euro, e também para o islandês Bjarnasson, autor do golo contra Portugal e bom complemento de Gylfi Sigurdsson nas saídas para o contra-ataque.

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AVANÇADOS

Gareth Bale

A falta de extremos genuínos terá ligação direta com o eclipse dos pontas de lança clássicos? Nomes como Kane, Vardy, Ibrahimovic, Dzyuba, Mandzukic e o próprio Lewandowski têm passado ao lado da competição, em boa parte por falta de serviços à altura. Ainda assim, exceções como o alemãoGomez(que venceu as resistências iniciais de Löw), o belga Lukaku- dois golos cada – e o espanholMorata(três) provam que a especialização ainda vale a pena, se a equipa estiver calibrada para jogar assim. Já o francêsGiroud, pouco feliz na concretização, tem funcionado melhor como ponto de apoio para Griezmann: o avançado do At. Madrid é uma das estrelas da competição, mesmo num enquadramento tático que o faz partir demasiadas vezes da direita, diminuindo a sua eficácia como segundo avançado (três golos, dois deles de cabeça).

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Assim, a tendência tem sido para a valorização de avançados móveis, com vasto raio de ação. O exemplo mais evidente é o de Bale no País de Gales (três golos e uma assistência), mas a eficácia pode vir aos pares. A dupla EderePellè valeu três golos a uma Itália sedutora e eficaz, e encaixa na perfeição no modelo tático de Conte, com uma disponibilidade física e de pressão que faz inveja a muitos médios. A fechar, por ser justo, convém sublinhar que, num contexto difícil, a dupla Nanie CristianoRonaldo tem sido o abono de família de uma seleção portuguesa com fragilidades na ligação entre o meio-campo e o ataque: dois golos e uma assistência para cada um, e participação direta nos cinco golos marcados por Portugal na competição.

Por último, referência mais do que justa para um avançado que não jogou um minuto sequer nos relvados de França:Will Grigg (ou melhor, o uso que os adeptos da Irlanda do Norte fizeram do seu nome) simboliza o lado mais festivo, divertido e entusiasta de uma grande competição internacional. Este Europeu não seria o mesmo sem ele(s).

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