É fácil disparar sobre Costinha
Os resultados do Paços de Ferreira e o resto
É fácil disparar sobre Costinha, diz o título.
É um treinador que está a começar, ainda sem nada provado.
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Conquistou muita coisa no FC Porto, como jogador, o que lhe garante logo a má cara de quem não o esquece.
Fez a carreira a pulso.
Tem opinião.
Passou pelo Sporting, sem sucesso.
Veste melhor do que a maioria.
Costinha é o tipo de pessoa que o português inveja, que não se importa de ver fracassar. E Costinha parece perto do fracasso.
Depois da fantástica temporada do Paços de Ferreira, a direção do clube resolveu entregar o presente a Costinha, em vez de escolher um treinador mais velho, mais maduro, com mais horas de banco (Costinha nem sequer possui todas as habilitações para o ser, de facto).
Em vez disso escolheu Costinha, o último homem a não conseguir impedir o Beira Mar de cair para a II Liga.
A apresentação foi feita, em seguida fomos de férias. No regresso, o Paços de Ferreira tinha um calendário duro pela frente, mais a novidade Liga dos Campeões, depois a Liga Europa. Resultado: estamos em setembro e Costinha ainda só perdeu.
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Esta é a história contada do lado do treinador.
Do lado do clube é assim: o plantel foi construído aos bocados, quando deveria ter sido fechado bem mais cedo. A equipa perdeu o centro do ataque, Cícero. Deixou sair três médios de qualidade (Vítor, Luiz Carlos e Josué) e até o guarda-redes mudou. O estádio foi para obras, a equipa tem jogado sempre fora.
É muita coisa junta. É verdade que perder com o Olhanense não se recomenda a ninguém. Mas o que o Paços de Ferreira jogou na Luz não é próprio de uma equipa sem saúde, a precisar de outro treinador. Pelo contrário.
Pode ser que Costinha cumpra o destino que lhe traçaram e acabe por sair, mas até ver os principais responsáveis pelo que se passa são os dirigentes que, por falta de dinheiro ou excesso de confiança, não conseguiram manter o esqueleto da equipa. Agora resta-lhes esperar. Tudo o que for diferente disso será indecente.
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