O dia em que a Luz ganhou o terceiro anel
Em 5 de outubro de 1960 foi inaugurado o terceiro nível do Inferno
Efeméride é uma rubrica que pretende fazer uma viagem no tempo por episódios marcantes ou curiosos da história do desporto, tenham acontecido há muito ou pouco tempo. Para acompanhar com regularidade, no Maisfutebol. 5 de outubro de 1960, há 55 anos. Cumpria-se um sonho de décadas dos adeptos e do clube encarnado. Era inaugurado o terceiro anel do Estádio da Luz que quase duplicou a lotação do recinto, se tornou numa espécie de entidade mística, e acabou por ser um amuleto para uma campanha de glória.
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A oferta do presidente Quatro anos depois, em 1958, toma posse como presidente dos encarnados Maurício Vieira de Brito. A direção começou então a trabalhar na progressiva melhoria das instalações do clube e, após a inauguração da iluminação do Estádio, em 1958, anunciou mesmo a oferta ao clube da nova bancada, o terceiro anel. As obras começaram a 25 de Agosto de 1958 e para comemorar o feito o Benfica organizou um festival de futebol. O presidente Vieira de Brito iniciou as festividades conduzindo a escavadora que iria abrir o primeiro buraco das obras. E houve ainda música por parte do rancho infantil da Chamusca e a atuação da Marcha de Campolide. Quando foi construído o estádio tinha lotação de 40 mil espectadores. O terceiro anel, que na altura era apenas num das bancadas, aumentou a capacidade para 70 mil. Em 1985, com a expansão do terceiro anel a todo o recinto, a Luz passou a poder albergar 120 mil pessoas, tornando-se então no maior estádio da Europa. Mais um círculo no Inferno Mas voltemos a 1960, ao tal dia 5 de outubro, em que o terceiro anel foi inaugurado. O estádio engalanou-se para a ocasião, mas não apenas por causa da bancada nova. A festa coincidiu com a receção do Benfica ao Hearts, da Escócia, em encontro da segunda mão da primeira eliminatória da Taça dos Campeões Europeus 60/61, aquela que os encarnados viriam a ganhar «sem espinhas», para surpresa da Europa.
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O terceiro anel, esse, viria a mostrar que era mais do que uma bancada, um aro de cimento onde as pessoas se podiam sentar. Aumentar a capacidade do estádio permitiu aumentar a quantidade de adeptos, a quantidade de apoio à equipa. O ambiente impressionava os adversários e criou a mística do «Inferno da Luz». Era o 12.º jogador, e «terceiro anel» passou também a ser o nome informalmente dado aos adeptos mais fiéis.
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