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Em Brasília  |  

União na derrota ou como é tudo tão diferente de 2010

Mau resultado no Brasil não levou a apontar de dedos e até houve muitos jogadores a defender Paulo Bento. Ronaldo é que voltou a não falar

Na África do Sul foi o «falem com o Carlos Queiroz» e uma sucessão de acusações ao selecionador (com resposta azeda do mesmo); no Brasil os resultados até foram piores, mas o ambiente na Seleção após a eliminação não era tão pesado.

*enviado-especial ao Brasil (com Filipe Caetano)

Em Brasília, Bruno Alves foi o primeiro a sair, pediu para não falar, mas lá acedeu e em declarações aos jornalistas reforçou a ideia do « orgulho de ser português». Já Cristiano Ronaldo não compareceu na «flash-interview» da RTP, fez uma breve declaração na altura em que recebeu o troféu de melhor homem do jogo e na zona mista foi lacónico, voltando a não dar explicações: «Hoje falam outros, não sou eu».

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João Moutinho foi o que menos conseguiu esconder a tristeza. «A cara diz tudo, né?», desabafou após a primeira pergunta. Foi o jogador que aceitou falar sobre mais assuntos e de forma mais alongada, chegando a dialogar a dada altura por causa da sensação que tinha dado de que não estava em pleno. Quando questionado por um jornalista da «Marca» sobre se «o Mundial teria sido diferente com Ronaldo em pleno» preferiu não responder.

Paulo Bento respondia a tudo na sala de imprensa, desde o que falhou em campo, passando pela prestação de Ronaldo e terminando na necessária reflexão sobre o futuro, nomeadamente no que diz à utilização de novos jogadores. Uma coisa é certa, o selecionador vai continuar até ao Euro 2016, como assegurou Fernando Gomes numa declaração sem direito a perguntas.

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Regressando aos jogadores, Éder pediu para não falar, dizendo o mesmo que Ronaldo: «Não podemos falar todos». Os últimos a sair foram Raul Meireles, Vieirinha, Ricardo Costa e Beto, juntos... com o guarda-redes a agradecer a Paulo Bento pela decisão de o substituir. Dos outros três, nenhuma palavra.

Com muito menos jornalistas estrangeiros na zona mista do que nos dois jogos anteriores, a ideia que passou foi a defesa coletiva de Paulo Bento, com Ruben Amorim a ser o mais expressivo: «Não é um assunto nosso, mas quando ninguém acreditava em mim, quando me mandaram para Braga, o Paulo Bento foi uma pessoa que sempre me apoiou. Ninguém acreditava muito em mim e eu continuava a vir à seleção. Acho que não sou a pessoa indicada para falar porque de mim vai ter sempre apoio.» 

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Essa foi, sem dúvida, uma das grandes dúvidas em relação ao Mundial de 2010. Agora houve união na derrota, com os jogadores a quererem mostrar que estava juntos e estavam agradecidos ao selecionador por ter apostado neles apesar de todas as dificuldades. Postiga considerou que o apuramento estava « ao alcance», Eduardo percebeu a desilusão de Beto por ter de ser substituído, Varela sublinhou a ideia de que « Paulo Bento tem feito excelente trabalho», Pepe lembrou que o treinador « tem contrato» e Nani resumiu o sentimento: « Aquele primeiro jogo foi muito complicado…».

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Portugal venceu no Mané Garrincha, mas saiu de cabeça baixa do Mundial do Brasil. A equipa viajou de imediato para Campinas, onde vai fazer as malas para regressar rapidamente a Portugal. Sem glória e com muito para refletir.

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