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Entrevista Maisfutebol  |  

Ilídio Vale: «Jogadores de excelência merecem oportunidades de excelência»

Coordenador técnico das seleções de formação em grande entrevista ao Maisfutebol

Se a qualidade do jovem jogador português parece indiscutível, e tem sido traduzida em bons resultados nos últimos anos nas competições internacionais do futebol de formação, o que está a falhar na transição júnior/sénior? E por que é que não vemos mais portugueses nas equipas principais dos três grandes?

Em grande entrevista ao Maisfutebol, Ilídio Vale prefere utilizar o termo «progressão» em vez de transição. E explica porquê.

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Pergunta óbvia de resposta difícil: por que é que Benfica, FC Porto e Sporting não têm mais portugueses nos seus onzes das equipas seniores, atendendo ao êxito das camadas jovens de Portugal? Um dos aspetos elogiados na Alemanha, campeã sub-19, é precisamente o facto de ter alguns jogadores que já atuam na Bundesliga... Por que não acontece isso também no nosso caso? 

Respeito a política e a estratégia desportiva dos diferentes clubes portugueses, mas gostaria de ver reconhecido, em alguns desses clubes, o trabalho de excelência realizado na formação dos seus jovens jogadores e equipas, formando alguns jogadores de excelência. Para estes, reclamava um alargar de oportunidades de excelência.

O que está a falhar na transição camadas jovens/futebol profissional?

Gostaria de falar em «progressão» em vez de transição do jogador do futebol de formação para o futebol sénior. A transição pode implicar constrangimento. Queremos um ‘continuum’, sem grande ‘ruído’, embora, recentemente, algumas indicações positivas tenham sido dadas. Por exemplo: as equipas «B», mais jogadores jovens treinaram e jogaram nas primeiras equipas dos seus clubes; intencionalidade em reestruturar as competições nacionais dos diferentes escalões. Espero que contemples uma harmonia competitiva evolutiva e coerente, valorizando desse modo uma “ferramenta” determinante na evolução do jogo e do jogador português. Isto é, do futebol. O futebol de alto nível requisita um jogador “pronto” para a excelência. Será que esta condição se verifica? Será que o “olhar” para o jovem português é o mesmo que para um jovem estrangeiro? Será que as oportunidades (escassas) terão em consideração o grau de prontidão do jovem jogador? A problemática é extensa. Contudo, antes de qualquer outra coisa, penso ser requisito determinante uma nova mentalidade, um novo olhar. Um olhar sistémico a todos os intervenientes no processo (treinadores, jogadores, dirigentes…) sobre este assunto. 

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Como vê o fenómeno das contratações pelos três grandes de jogadores estrangeiros em idades muito precoces, para as camadas jovens?
É uma perspetiva que aceito naturalmente, desde que se tratem de jovens de qualidade superior, podendo desse modo contribuir para o desenvolvimento dos nossos melhores jogadores. Os nossos jogadores de qualidade necessitam de contextos de treino e jogo de excelência e oportunidades de qualidade superior, não devem necessitar de proteção.
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