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Entrevista  |  

Jorge Simão: «Fosso para os grandes vai continuar a aumentar»

Treinador defende regulamentação dos empréstimos

Em entrevista ao Maisfutebol, Jorge Simão defende que o fosso entre os três «grandes» do futebol português e os restantes emblemas vai acentuar-se cada vez mais. O treinador do Belenenses recorda ainda o momento em que defendeu que Rui Fonte não devia defrontar o Benfica, clube que o enviou para o Restelo por empréstimo, e reforça a defesa de uma regulamentação sobre os empréstimos.   Por altura da polémica relativa à utilização dos jogadores emprestados assumiu uma posição clara, dizendo que não fazia sentido o Rui Fonte defrontar o Benfica, que lhe pagava o salário. Foi um risco assumir aquela posição antes da receção ao Benfica? Não percebo porquê. Para mim aquilo é tão claro e tão óbvio, que não há forma de apresentar a coisa de outra forma. Se um clube paga a um jogador e empresta esse jogador, e esse jogador pode fazer mal ao clube que lhe paga, então esse clube vai deixar de pagar.   Defende, por isso, uma alteração aos regulamentos? Não é alteração, é regulamentar isto. Não sou legislador, mas teria de passar por algo como impedir a utilização de jogadore frente ao clube que os empresta, e limitar o número de empréstimos por clube.   O Benfica foi um justo campeão? Acho que sim.   Concorda com a ideia de que os campeões são sempre justos? Concordo. Quando se fala em justiça, fala-se do quê? Mereceu? Jogou melhor? Fez golos mais bonitos? Teve mais cantos, mais posse de bola? A justiça está sempre em quem ganha. É por ter sido melhor em alguma coisa.   Os três «grandes» tiveram pontuações elevadas. Mesmo o FC Porto e o Sporting tiveram pontuações de registo em relação aos últimos anos. A Liga está nivelada por baixo? Não diria dessa forma...   Há um grande fosso entre os «grandes» e o resto? Aí sim, concordo. E esse fosso tem tendência para aumentar cada vez mais. Isso tem tudo a ver com orçamentos. Não concordo quando se diz que os orçamentos não jogam. Salvo raras exceções, a classificação reflete os orçamentos. O Belenenses, para ser campeão, terá de ter um orçamento semelhante ou próximo dos clubes que lutam pelo título. Pode existir um ano excecional, em que eses clubes não estão bem, e surge um clube que faz um campeonato soberbo. Já aconteceu com o Boavista, ou mesmo com o Belenenses, há muitos anos. O fosso vai continuar a aumentar, e tem a ver com os clubes que participam na Liga dos Campeões. Esses vão continuar a amealhar receitas extraordinárias. A distribuição do dinheiro da Liga e das transmissões televisivas também não é muito justa. 

Leia o resto da entrevista:«Apostei tudo e agora espero tirar proveito da afirmação na Liga»Futuro em aberto: «Não fecho a porta a nada»Técnico levanta a ponta do véu sobre sonho secreto  

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