Eustáquio e os sub-21: «Não somos uma geração mais fraca»
ENTREVISTA MAISFUTEBOL: o médio do Leixões falou da estreia nos sub-21 de Portugal, da qualidade da geração às ordens de Rui Jorge e das contas do apuramento da seleção. Não fechou a porta à seleção do Canadá, país pelo qual o seu irmão foi internacional nos escalões sub-21 e sub-23 e confessou ainda o sonho de jogar na I Liga, de preferência com as cores do histórico emblema de Matosinhos.
*Fotos Ricardo Castro Em quatro meses, a vida de Stephen Eustáquio mudou radicalmente. Num ápice, o médio passou do Campeonato Nacional de Seniores ao Leixões e tornou-se internacional de sub-21 por Portugal. Soma 22 jogos distribuídos entre o histórico de Matosinhos e a seleção de esperanças portuguesa. Eustáquio conversou com o Maisfutebol antes de um treino do Leixões no Estádio do Mar, recinto carregado de história e de sonhos. Passou em revista a subida a pulso na carreira e recordou as dificuldades sentidas na derradeira etapa da formação, período durante o qual «deu dois passos atrás.» Pelo meio, abordou ainda momento do emblema matosinhense na Segunda Liga e a possibilidade de se tornar internacional A pelo Canadá.LEIA TAMBÉM: «Subida? Objetivo do Leixões passa por garantir a manutenção»
Nasceu no Canadá, mas é filho de pais portugueses. Algum dia imaginou ser internacional por Portugal? Ainda que apenas tenha alcançado essa meta no escalão sub-21. À medida que fui subindo na minha carreira, achei que podia conseguir. Sei que ainda me faltam algumas coisas, mas sempre achei que iria conseguir. A oportunidade surgiu agora, numa boa fase da minha carreira. A melhor altura para ir à seleção foi agora. Penso que fiz um bom trabalho e fiquei, naturalmente, muito feliz.O seu irmão é internacional sub-21 e sub-23 pelo Canadá. Como se explica que dois irmãos representem seleções distintas? É difícil de explicar. O verdadeiro canadiano sou eu, nasci no Canadá e o meu irmão em Portugal (risos). É uma questão de oportunidade. O meu irmão, em determinada altura da carreira, achou que devia agarrar essa oportunidade, tal como eu fiz agora em relação à seleção portuguesa.Como reagiu à chamada de Rui Jorge? Fiquei surpreendido e ao mesmo tempo orgulhoso. Fui chamado porque realmente merecia. Recebi a informação aqui, no final do treino. O mister João Henriques veio ter comigo e disse-me “Já está”. Soube logo do que ele estava a falar. Naturalmente, fiquei muito feliz. Foi um momento único.A seleção nacional de sub-21 está em terceiro lugar do Grupo 8 da fase de qualificação. Ainda há a possibilidade de chegar ao primeiro lugar do grupo? Acho que estamos a crescer e assimilar as ideias do Mister Rui Jorge. É mais difícil uma equipa que poucas vezes está junta ter boas exibições, mas acho que estamos no bom caminho. Com o decorrer do tempo vamos crescer e conseguir o nosso objetivo que é terminar no primeiro lugar.É comum ouvir-se dizer que esta geração não tem tanta qualidade como a que chegou à final do Euro sub-21 em 2015, por exemplo. Concorda? As gerações são incomparáveis. De geração para geração existem vários fatores que podem fazer a diferença. Logicamente que a seleção de sub-21 tem tido excelentes equipas, mas nós também somos uma excelente equipa. Não somos fracos em comparação com as últimas gerações. São gerações diferentes, também temos qualidade.
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