Eustáquio: «Subida? Objetivo do Leixões passa por garantir a manutenção»
ENTREVISTA MAISFUTEBOL: o luso-canadiano recordou o percurso dos escalões de formação até à chegada ao Leixões. O médio abordou ainda o momento do Leixões, atual terceiro classificado da Segunda Liga, e as hipóteses da equipa na Taça da Liga, num grupo que conta com FC Porto, Rio Ave e Paços de Ferreira.
[texto originalmente publicado a 5 de dezembro, às 00:12] *Fotos Ricardo Castro Em quatro meses, a vida de Stephen Eustáquio mudou radicalmente. Num ápice, o médio passou do Campeonato Nacional de Seniores ao Leixões e tornou-se internacional de sub-21 por Portugal. Soma 22 jogos distribuídos entre o histórico de Matosinhos e a seleção de esperanças de portuguesa. Eustáquio conversou com o Maisfutebol antes de um treino do Leixões no Estádio do Mar, recinto carregado de história e de sonhos. Passou em revista a subida a pulso na carreira e recordou as dificuldades sentidas na derradeira etapa da formação, período durante o qual «deu dois passos atrás.» Pelo meio, abordou ainda momento do emblema matosinhense na Segunda Liga e a possibilidade de se tornar internacional A pelo Canadá.LEIA TAMBÉM: «Sub 21? Não somos uma geração fraca»
Nasceu em Ontário, no Canadá, mas veio muito novo para Portugal. Onde começou a paixão pelo futebol? Vim para Portugal com sete anos de idade. A paixão pelo futebol começou no Canadá, mas só jogava em torneios de verão por causa do clima. Foi aí que comecei a dar os meus primeiros toques na bola. Quando cheguei a Portugal é que comecei verdadeiramente a competir.Em Portugal começou a jogar nos Nazarenos, mas rapidamente chamou a atenção do União de Leiria. O convite do União de Leiria surgiu depois de ter sido chamado à seleção distrital de sub-15. O União de Leiria costumava fazer observação dos treinos e jogos dessa seleção, gostaram de mim e a partir daí começou a minha ligação com o clube.Cresceu na formação do União de Leiria, esteve no clube durante três épocas e meia. Algum dia pensou que a sua estreia como sénior seria no clube? O clube estava a atravessar uma fase complicada, nunca tive esse pensamento. Só pensava em jogar o maior número de jogos possíveis. Esse era o meu objetivo.Durante a época 2013/14 decidiu dar um passo atrás, regressando aos Nazarenos. Qual o motivo do regresso? No primeiro ano de juniores não andava a jogar, aliás nem convocado era. Achei que, na altura, o melhor seria mudar e arriscar um pouco. Dei dois passos atrás e fui jogar para o distrital. Foi uma das melhores decisões da minha vida.Porquê? Muitos disseram-me para não tomar essa decisão, porque ia perder ritmo. Mas foi muito bom porque comecei a jogar com seniores e ganhei imediatamente outra maturidade. Estar num balneário com homens de 25-30 anos é muito melhor. Cresci muito enquanto jogador e pessoa. Acabei a época nos Nazarenos e depois voltei para os juniores, já no Torreense.Essas constantes mudanças de clube nunca o prejudicaram? Não foram prejudiciais. Na altura o Torreense disputava o campeonato nacional de juniores e achei que era um bom desafio. Fui totalista nessa equipa de juniores e fui chamado para dois jogos da equipa sénior. Joguei um e no outro fiquei no banco.Duas épocas nos seniores do Torreense foram suficientes para suscitar o interesse do Leixões. Como é que tudo aconteceu? O primeiro ano de sénior foi de transição. Foi difícil, mas ainda assim consegui fazer 25 jogos. Na segunda época foi a minha afirmação. Fui totalista, fiz bons jogos e surgiu o interesse de alguns clubes, nomeadamente do Leixões e do Famalicão. O Leixões foi a minha primeira escolha.
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