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Entrevista  |  

Bruno Alves: «A Juventus devia ter jogado mais para o Cristiano»

Entrevista ao internacional português - parte IV

Se este fosse um ano normal, Bruno Alves não estava a jogar futevólei e a mergulhar no mar da Póvoa de Varzim antes de falar em exclusivo ao Maisfutebol. Mas este não é um ano normal. Esta é a primeira vez, desde 2006, que o defesa central de 37 anos não está nos convocados de Portugal para uma grande competição de seleção. No regresso a Itália, Bruno foi o defesa com mais cortes/interceções realizados na Serie A: 200. Um número que comprova a grande temporada do central de 37 anos. O regresso coincidiu com a estreia de Cristiano Ronaldo no calcio, um regresso que podia ainda ter sido melhor se a Vecchia Signora jogasse mais para o português, defende Bruno Alves.RELACIONADOS:Parte I: «Se Fernando Santos achou que o meu ciclo acabou, tenho de aceitar»Parte II: «O nosso motorista levou um tiro quando ia ao volante»Parte III: «Os treinos no FC Porto eram uma autêntica guerra»Maisfutebol – Aos 37 anos, o Bruno Alves foi o defesa que mais cortes/interceções fez na Serie A: 200. Estava à espera de conseguir jogar ainda a este nível? Bruno Alves – Sinto-me muito bem fisicamente e a época correu-me muito bem. O Parma é uma equipa importante, com um passado riquíssimo e que depois passou por graves problemas financeiros. Está a reerguer-se. Fizemos uma boa primeira volta e tivemos algumas dificuldades na segunda. O Parma tem de estar na Serie A. Fiz bastantes jogos, tive preponderância na equipa, dediquei-me sempre. Se me cuido e me sinto bem em campo, a idade não conta. O treino não é só aquilo que se faz no campo. Temos de descansar bem e ter uma alimentação correta.MF – A Serie A é diferente com o Cristiano Ronaldo? BA – Muito diferente. Basta olhar para o aumento das assistências médias nos estádios. A Serie A renasceu com a vinda do Cristiano e este ano vão entrar mais jogadores importantes porque todos querem estar perto dele. Foi ótimo vê-lo em Itália.MF – Costumam falar ao longo da época, trocar impressões sobre adversários? BA – Sim, falamos regularmente. Dei-lhe algumas dicas, disse-lhe que na liga italiana a maior parte das equipas tem uma preocupação sobretudo defensiva e que isso podia dificultar a adaptação. O Cristiano fez uma época muito boa, mas a Juventus podia ter jogado mais para ele. Senti isso em vários jogos. As coisas correram-lhe bem, mas podiam ter corrido melhor. A Juventus podia ter criado mais situações de golo para o Cristiano, procurá-lo mais.MF – Já que falamos em golo, é importante lembrar que o Bruno este ano marcou quatro e alguns fantásticos, de livre direto. BA – Acertei bem em alguns, é verdade (risos). Em todas as equipas fiz golos de livre, mesmo nos tempos do FC Porto. Acontece naturalmente. Estou mais preocupado em estar bem defensivamente e depois, se conseguir, ajudar também nas bolas paradas ofensivas.MF – Vai continuar no Parma? BA – Tenho mais um ano de contrato e vou fazer esse ano lá. Depois, em 2020, vou pensar. Tenho de ver como me sinto e depois não sei se termino a carreira ou não. O Parma pode melhorar desportivamente. Esta época faltou mais força mental na segunda volta. Temos de consolidar a equipa na Serie A e depois pensar em voltar à UEFA.MF – Já viveu em Atenas, São Petersburgo, Istambul, Glasgow e agora está numa cidade mais pequena. É feliz em Parma? BA – Muito feliz, gosto muito de viver lá. Estou sem a minha família, pela primeira vez, porque os meus filhos começaram a estudar em Portugal e o meu contrato era só de um ano. Preferimos deixá-los cá. Os meus filhos têm 12, 9 e 5 anos. Eu vivo uma vida tranquila. Treino de manhã, almoço, descanso, faço trabalho de recuperação e depois vou ao centro jantar. Tenho um grande cuidado nesta fase em comer bem e recuperar bem.MF – Vimo-lo aqui a jogar futevólei na areia e a mergulhar no mar da Póvoa. Este regresso às origens é sempre obrigatório? BA – Isto faz-me muito bem. Mantenho a forma sem fazer muita coisa (risos). Desde pequeno que jogo futevólei aqui. É ótimo recuperar mentalmente na Póvoa, bater uma bolinha e cair no mar. Estes são os meus amigos de sempre, de infância. Os meus irmãos também se juntam, só me faz bem.  

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