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O primeiro campeão sem golos portugueses?

Jorge Jesus utilizou apenas cinco jogadores nacionais. Nenhum faturou, até ao momento

O Benfica alcançou o 33º título do seu historial utilizando, até à 28ª jornada, apenas cinco jogadores portugueses e sem ter qualquer golo de fabrico nacional. Este não é, no entanto, o campeão com menos portugueses na história da Liga: esse título vai para o FC Porto de 2011/12, que utilizou apenas quatro jogadores nacionais. Ainda assim, três deles (Moutinho, Varela e Rolando) faziam parte do onze base, ao contrário do que acontece com o Benfica, onde nenhum jogador nacional está entre os mais utilizados.

Rúben Amorim foi o português que somou mais jogos, mas Sílvio foi o que somou mais minutos. André Almeida (oito jogos) e Ivan Cavaleiro (sete) cada, apareceram para colmatar ausências em determinados períodos da temporada, enquanto André Gomes, o herói da meia-final da Taça de Portugal, frente ao FC Porto, só à 28ª jornada teve direito a mais do que entrar no período de compensações.

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Portugueses utilizados por Jorge Jesus na Liga

Rúben Amorim: 17 jogos (456m)   Participou em mais de metade dos jogos da Liga, mas foi apenas quatro vezes titular e conta só com um jogo completo. Foi titular na ronda inaugural, frente ao Marítimo (derrota por 1-2), mas foi rendido ao intervalo. Voltou a ser titular na quarta ronda, frente ao Paços de Ferreira (2-0), mas saiu, ainda na primeira parte (35m), lesionado. Voltou a ser titular uma volta depois, em Paços de Ferreira, e foi substituído no último minuto. O único jogo completo foi na Choupana (vitória por 4-2). Saltou do banco treze vezes, mas em doze delas esteve menos de trinta minutos em campo. Só no dérbi de Alvalade é que entrou antes do intervalo para render o lesionado Enzo Pérez. No total somou 456 minutos de jogo e viu três cartões amarelos.

Sílvio: 8 jogos (648m)   Participou em menos de metade dos jogos de Rúben Amorim, mas foi mais vezes titular e soma mais minutos graças à polivalência que lhe permite jogar nos dois flancos. Foi sete vezes titular e apenas uma vez saiu do banco, precisamente no único jogo que Rúben Amorim jogou os noventa minutos, na Choupama, entrando a dezoito minutos do final para defender o flanco esquerdo no lugar de Siqueira. Mas jogou mais no flanco direito (5 jogos) do que no esquerdo (3 jogos) antes de comprometer o final de temporada com uma lesão grave (fratura de fémur e perónio) frente ao AZ Alkmaar.

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André Almeida: 8 jogos (559m)   Cinco vezes titular e três vezes suplente utilizado. Jogou seis vezes como lateral na primeira volta e duas vezes no meio-campo na segunda. Estreou-se à quarta ronda ao substituir o lesionado Siqueira frente ao Paços de Ferreira. Foi titular na ronda seguinte, em Guimarães, no lado direito da defesa. Voltou a render Siqueira frente ao Nacional e frente ao Sp. Braga antes de voltar a ser titular, em Vila do Conde, mais uma vez no lugar do lateral brasileiro. Já na segunda volta, na ponta final da liga, jogou por duas vezes no meio-campo no lugar de Fejsa antes de ser lateral-esquerdo no jogo do título, na vaga do castigado Siqueira. Tudo somado, foram 559 minutos e dois cartões amarelos.

Ivan Cavaleiro: 7 jogos (233m)   Três jogos como titular e mais quatro como suplente utilizado, mas acabou por «desaparecer» pouco depois do início da segunda volta. Aproveitou o período e indefinição que se seguiu à lesão de Salvio para se estrear na 8ª jornada e fazer cinco jogos até à 13ª. Voltou a aparecer no início da segunda volta, mas apenas para somar mais doze minutos em dois jogos.

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André Gomes: 5 jogos (95m)   Foi a grande figura na meia-final da Taça de Portugal frente ao FC Porto, o que terá contribuído para lhe dar um lugar no onze, no jogo do título, com o Olhanense. Antes, tinha jogado dois minutos em Paços de Ferreira e depois entrou em mais três jogos, mas sempre depois do minuto noventa.

Portugueses não utilizados na Liga: Paulo Lopes, Bruno Varela, João Cancelo, João Amorim, Steven Vitória, Bernardo Silva, Rúben Pinto e Hélder Costa.

Um título bem diferente do primeiro de Jorge Jesus no Benfica, em 2009/10, em que o treinador utilizou oito portugueses (Quim, Fábio Coentrão, Carlos Martins, Rúben Amorim, Nuno Gomes, César Peixoto, Miguel Vitor e Luís Filipe) e com muito maior relevância do que aconteceu nesta última temporada. 

O primeiro campeão sem golos portugueses?

Há 35 anos o Benfica aprovava, pela primeira vez, em Assembleia Geral extraordinária, a utilização de jogadores estrangeiros. Estava aberta a caixa de Pandora. Nesse mesmo ano contratou Jorge Gomes (Boavista) e César (América, do Rio de Janeiro) começando uma lenta revolução que atinge o auge neste ano de 2014, em que o clube da Luz garantiu o seu 33º título sem um único golo português marcado à 28ª jornada. Um dado inédito na história do campeonato nacional – embora ainda possa ser modificado nas duas jornadas que faltam.

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Foi no título de 1988/89 que, pela primeira vez, o Benfica campeão teve um jogador estrangeiro, Vata, como melhor marcador: sozinho, o angolano apontou 16 golos, tantos como os conseguidos pelos jogadores portugueses do plantel. Com o contributo de Magnusson, Ricardo, Ademir, essa foi a primeira temporada no historial encarnado em que os golos marcados por jogadores estrangeiros suplantaram os nacionais.

Na viragem para a década de noventa, o Benfica atingiu meia centena de golos com assinatura portuguesa, com Rui Águas, autor de 25, a comandar o ataque da equipa de Sven-Goran Eriksson, campeã em 1991. No título de 1993/94, João Vieira Pinto ainda se destaca como melhor marcador, com 15 golos, à frente de Isaías (13) e Aílton (11), mas o domínio dos golos estrangeiros começava a tornar-se regra. Tanto na Luz como nas Antas, em Alvalade ou no Bessa, para onde foram os títulos nas onze temporadas seguintes.

O Benfica só volta a ser campeão em 2004/05, com Giovanni Trapattoni. Curiosamente, volta também a maioria de golos portugueses: Simão (15), Nuno Gomes (7), Nuno Assis (2), Miguel (2), Petit (2) e Manuel Fernandes (1) marcam 29 dos 51 tentos conseguidos pelo clube da Luz nessa campanha.

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Já no título conquistado no primeiro ano de Jorge Jesus, em 2009/10, houve apenas nove golos nacionais: Rúben Amorim, Carlos Martins e Nuno Gomes contribuíram com três cada. Nessa altura o Benfica tornava-se o campeão com menos golos nacionais da história da Liga, mas o FC Porto iria encarregar-se de fazer descer a fasquia em 2011/12 e em 2012/13, festejando títulos com apenas sete golos «made in portugal». Um registo que, daqui até final da prova, será, com toda a certeza, superado por este segundo Benfica campeão na era Jorge Jesus, a caminho do primeiro título sem golos nacionais.

Até à 28ª jornada, o Benfica conta com onze marcadores, de cinco nacionalidades diferentes: Lima (Brasil) marcou 14; Rodrigo (Espanha), 11; Cardozo (Paraguai), 7; Garay (Argentina), 6; Markovic (Sérvia), 5; Gaitán (Argentina), 4; Enzo Pérez (Argentina), 3; Matic (Sérvia), 2; Sulejmani (Sérvia), 1; Siqueira (Brasil), 1; Luisão (Brasil), 1.

Os golos portugueses dos campeões desde 1979/80

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Benfica 2013/14: 0

FC Porto 2012/13: 7 Silvestre Varela, 4 João Moutinho, 1 André Castro, 1 Miguel Lopes, 1

FC Porto: 2011/12: 7 Silvestre Varela, 3 João Moutinho, 3 Rolando, 1

FC Porto 2010/11: 10 Silvestre Varela, 10

Benfica 2009/10: 9 Carlos Martins, 3 Nuno Gomes, 3 Rúben Amorim, 3

FC Porto 2008/09: 12 Bruno Alves, 5 Raúl Meireles, 4 Rolando, 3

FC Porto 2007/08: 17 Quaresma, 8 Raúl Meireles, 4 Bruno Alves, 2 Hélder Postiga, 1 João Paulo, 1 Bosingwa, 1

FC Porto 2006/07: 25 Postiga, 10 Quaresma, 6 Pepe, 4 Raúl Meireles, 3 Bruno Alves, 2

FC Porto 2005/06: 17 Quaresma, 5 César Peixoto, 4 Gugo Almeida, 4 Raúl Meireles, 2 Ricardo Costa, 1 Pepe, 1

Benfica 2004/05: 29 Simão, 15 Nuno Gomes, 7 Nuno Assis, 2 Miguel, 2 Petit, 2 Manuel Fernandes, 1

FC Porto 2003/04: 20 Maniche, 6 César Peixoto, 2 Marco Ferreira, 2 Costinha, 2 Deco, 2 Ricardo Carvalho, 2 Ricardo Costa, 1 Ricardo Fernandes, 1 Bosingwa, 1 Jorge Costa, 1

FC Porto 2002/03: 47 Postiga, 13 Deco, 10 Maniche, 6 Costinha, 5 Capucho, 4 César Peixoto, 3 Jorge Costa, 2 Paulinho Santos, 1 Marco Ferreira, 1 Ricardo Carvalho, 1 Tiago, 1

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Sporting 2001/02: 20 João Vieira Pinto, 9 Pedro Barbosa, 3 Quaresma, 3 Beto, 2 Sá Pinto, 1 Hugo Viana, 1 Paulo Bento, 1

Boavista 2000/01: 19 Litos, 5 Martelinho, 4 Jorge Couto, 3 Petit, 3 Frechaut, 2 Jorge Silva, 1 Rui Óscar, 1

Sporting 1999/2000: 10 Delfim, 3 Beto, 2 Pedro Barbosa, 2 Rui Jorge, 2 Luís Vidigal, 1

FC Porto 1998/99: 17 Capucho, 6 João Manuel Pinto, 2 Rui Barros, 2 Chainho, 2 Jorge Costa, 2 Peixe, 1 Fernando Mendes, 1 Paulinho Santos, 1

FC Porto 1997/98: 26 Sérgio Conceição, 8 Ruii Barros, 5 Capucho, 5 Paulinho Santos, 4 Barroso, 1 Gaspar, 1 Fernando Mendes, 1 João Manuel Pinto, 1

FC Porto 1996/97: 23 Jorge Costa, 4 Folha, 3 João Manuel Pinto, 3 Fernando Mendes, 3 Rui Barros, 3 Barroso, 3 Domingos, 2 Costa, 1 Sérgio Conceição, 1

FC Porto 1995/96: 44 Domingos, 25 Rui Barros, 4 Folha, 4 Jorge Costa, 3 João Manuel Pinto, 3 Bino, 2 Rui Jorge, 2 Jorge Costa, 1

FC Porto 1994/95: 41 Domingos, 19 Rui Barros, 9 Folha, 6 Secretário, 5 Rui Filipe, 1 Jorge Costa, 1

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Benfica 1993/94: 36 João Pinto, 15 golos Rui Águas, 6 Vítor Paneira, 6 Rui Costa, 5 Hélder, 2 Abel Xavier, 1 César Brito, 1

FC Porto 1992/93: 28 Domingos, 9 Semedo, 5 Fernando Couto, 4 Bino, 2 Jorge Couto, 2 João Pinto, 2 Jorge Costa, 1 Toni, 1 André, 1 Bandeirinha, 1

FC Porto 1991/92: 24 João Pinto, 8 Domingos, 4 Rui Filipe, 4 Jaime Magalhães, 2 Fernando Couto, 2 Bandeirinha, 1 Toni, 1 Jorge Couto, 1 Tozé, 1

Benfica, 1990/91: 49 Rui Águas, 25 Vítor Paneira, 9 César Brito, 7 Pacheco, 7 Zé Carlos, 1

FC Porto 1989/90: 35 Rui Águas, 18 Banedirinha, 4 Semedo, 4 Jorge Couto, 2 Jaime Magalhães, 2 António André, 2 Abílio, 1 Nascimento, 1 Domingos, 1

Benfica, 1988/89: 16 Pacheco, 5 Diamantino, 3 Chalana, 2 Veloso, 2 Garrido, 1 Hernâni, 1 Fonseca, 1 Vítor Paneira, 1

FC Porto 1987/88: 65 Fernando Gomes, 21 Rui Barros, 12 Sousa, 12 Semedo, 6 Jaime Magalhães, 5 Jaime Pacheco, 3 Barriga, 1 Domingos, 1 Jorge Plácido, 1 António André, 1 João Pinto, 1 Inácio, 1

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Benfica, 1986/87: 42 Rui Águas, 13 Chiquinho Carlos, 9 Nunes, 8 Diamantino, 4 Carlos Manuel, 3 Edmundo, 2 Álvaro, 2 Dito, 1

FC Porto 1985/86: 39 Fernando Gomes, 20 Futre, 7 António André, 6 Lima Pereira, 2 Semedo, 1 Vermelhinho, 1 Laureta. 1 João Pinto, 1

FC Porto 1984/85: 75 Fernando Gomes, 39 Jaime Magalhães, 12 Vermelhinha, 7 Futre, 6 Semedo, 3 Eurico Gomes, 3 António André, 2 Lima Pereira, 1 Inácio, 1 Quim, 1

Benfica, 1983/84: 64 Nené, 20 Diamantino, 18 Chalana, 8 Carlos Manuel, 5 José Luís, 5 Pietra, 3 Shéu, 2 Álvaro, 1 Humberto Coelho, 1 Oliveira, 1

Benfica, 1982/83: 51 Nené, 21 Diamantino, 10 Humberto Coelho, 6 Carlos Manuel, 5 Chalana, 3 Veloso, 2 Shéu, 2 Alberto Bastos Lopes, 1 José Luís, 1

FC Porto 1981/82: 66 Jordão, 26 Manuel Fernandes, 15 António Oliveira, 12 Ademar Marques, 3 Lito, 2 Mário Jorge, 2 Nogueira, 2 Virgílio Lopes, 2 Alberto, 1 Carlos Freire, 1

Benfica, 1980/81: 58 Nené, 19 João Alves, 14 Reinaldo, 8 Carlos Manuel, 7 Humberto Coelho, 4 Shéu, 3 Vital, 1 Chalana, 1 Laranjeira, 1

Sporting 1979/80: 49 Jordão, 30 golos Manuel Fernandes, 10 Zezinho,2 Inácio, 2 Lito, 1 Carlos Freire, 1 Fraguito, 1 Vitorino Bastos, 1 Eurico Gomes, 1

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