Entrevista a Bebeto, o político: «O Rio inspira-se na Europa»
Exclusivo-Maisfutebol: glória brasileira é deputado estadual e forte candidato a uma posição na vice-prefeitura da Cidade Maravilhosa
* Enviado-especial do Maisfutebol aos Jogos Olímpicos Siga o autor no TwitterOs Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro aproximam-se do fim e Bebeto está satisfeito com a forma como tudo decorreu. O antigo avançado da seleção do Brasil está ligado há política há cerca de dois anos e envolvido especialmente com duas áreas sensíveis: saúde e educação.
Em entrevista exclusiva ao Maisfutebol, numa das zonas mais exclusivas da Cidade Maravilhosa, Bebeto avalia a organização dos Jogos e fala sobre a possível chegada ao cargo de vice-prefeito.
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Bebeto, o político, uma faceta nova para o público português.
Quando e como decidiu abraçar a vida política? «Há poucos anos. O Brasil passa por um momento muito difícil. Nunca pensei ser político. O irmão do meu cunhado tentou ser eleito duas vezes aqui no Rio de Janeiro e não conseguiu. Pediu a minha ajuda e lá fui eu. Está a correr bem».
Que cargo ocupa? «Sou deputado parlamentar no Estado do Rio de Janeiro e tenho estado ligado a temas ligados à saúde e à educação. Sou o principal responsável por vários projetos de lei. Tenho um instituto chamado Bola para a Frente com o Jorginho, antigo lateral da seleção e agora treinador do Vasco da Gama. Nós já tínhamos uma ação social intensa há 20 anos e agora comigo na política somos mais eficientes ainda. É mais fácil abrir portas».
O Rio de Janeiro está preparado para estes Jogos Olímpicos e Paralímpicos? «Conheço muito bem o Rio de Janeiro. Os últimos meses foram muito agitados. Existe uma segurança enorme, até o Exército foi mobilizado. O Rio está preparado e o legado que vai ficar para o povo da cidade é enorme. Mesmo a parte dos transportes públicos está perfeita, com novos recursos».
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A prefeitura teve de fazer investimentos avultados? «As obras foram feitas com dinheiro privado, não houve dinheiros públicos. E a obra do Eduardo Paes, atual prefeito, merece ser continuada. Daí eu apoiar o Pedro Paulo, que sempre foi o braço direito dele. Fui convidado para ser vice-prefeito. As sondagens são favoráveis ao meu nome. Sempre tentei ser equilibrado e sério. Acho que os brasileiros procuram isso num político».
Basta andar na cidade para perceber que existem graves problemas sociais. «Sim, há deficiências na saúde e na educação. Mas as coisas no Rio estão a melhorar. O momento político também não ajuda. Há corrupção em todo o mundo. Aqui esse momento foi extrapolado e tornou-se insustentável. Foi tudo muito ruim para o Brasil. Mas as coisas só podem melhorar e o povo precisa de pessoas sérias. Temos uma potencialidade incrível».
Ao nível da saúde e da educação o que pretende fazer aqui no Rio? «Queremos recolher dados sobre os sistemas de saúde na Europa e importar o modelo para cá. Este prefeito já fez mais de 300 escolas, mais de 170 clínicas da família e reabilitou dois hospitais públicos. O Governo está falido e a Prefeitura do Rio de Janeiro tem tudo em dia».
Falou da saúde e há vários atletas que não estão cá com medo do vírus Zika. «Eu moro ao lado da Lagoa, há vários mosquitos e nunca tive problemas nenhuns. Nem repelente passo no corpo. Nunca tive dengue nem zika. As coisas estão controladas, completamente. O período mais grave ficou para trás».
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