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FC Porto  |  

F.C. Porto-Leixões, 2-3 (crónica)

Do Mar para o Mundo: eis o novo líder!

Um Leixões absolutamente heróico derrubou uma das velhas máximas do futebol português: que o F.C. Porto não perde duas vezes seguidas. Perde, afinal. Perde com estrondo. Perde sem apelo nem agravo. A formação de José Mota foi melhor, ultrapassou uma decisão absurda do assistente de Paulo Baptista e chegou ao triunfo. Quem não viu o jogo pode pensar que há algum exagero nesta análise. Afinal de contas não é normal o F.C. Porto não ser melhor no Dragão. Não há. O facto de já dentro do último quarto-de-hora o Leixões ainda ter força para chegar ao triunfo depois de estar a vencer por dois e depois de ter tido um golo mal anulado é a melhor prova disso. Do outro lado, está bom de ver, esteve um F.C. Porto que foi pior, mas mais do que isso foi provavelmente o pior da época. Até agora só tinha sofrido dois golos na Liga, um na Luz e um em Alvalade, esta noite sofreu três. Aliás, sofreu quatro: um deles não contou. É certo que são só números, mas ajudam a explicar muito do que passou no Dragão. Já o que passou pela defesa do F.C. Porto é bem mais difícil de explicar. Logo na primeira jogada do Leixões, uma falha incrível de Lino permitiu a China inaugurar o marcador. Logo a seguir uma nova falha gritante quase abria caminho ao segundo golo: Joel atirou ao lado. Pouco depois, e perante nova falha de Lino, Braga marcou mesmo. Pelo meio uma série de falhas de marcação tornaram evidente que este F.C. Porto estava irreconhecível: temerário, desconcentrado, incapaz. Quando Jesualdo tirou os laterais para colocar dois médios (Tomás Costa e Mariano) a fechar os flancos o descalabro tornou-se enorme. Aliás, à excepção de um remate de Lucho ao poste, foi o Leixões que terminou o jogo a criar as melhores ocasiões de golo. Mais Lisandro, insuficiente para contrariar o... líder da LigaAntes disso, porém, é justo dizer que o F.C. Porto esteve muito perto de dar a curva que poderia ter feito um resultado diferente. Fê-lo através do talento de Lisandro. Enorme o momento de inspiração do argentino a tirar Joel do caminho para um golo que naquela altura empatava o jogo. A coroar o melhor período azul, no regresso do intervalo. O problema é que mais atrás não havia forma dos colegas atinar. Contra isso Lisandro não podia fazer nada. O avançado esteve aliás muito desacompanhado. Teve um pouco de Hulk, um pouco de Raul Meireles, mas faltou tudo o resto: faltou Lucho, faltou Rodriguez, faltou Tomás Costa. Faltou talento para disfarçar a falta de espírito geral. No fim fica uma vitória histórica do Leixões, a terceira da história do clube no terreno do F.C. Porto: há 34 anos que não o fazia. Fica também uma exibição fantástica da equipa de Mota, uma equipa solidária, tranquila, motivada, atrevida. Que nesta altura é líder da Liga com toda a justiça. Fica por fim a confirmação do que a vitória em Alvalade disfarçou: esta formação de Jesualdo Ferreira está em crise.

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