Fabiano de volta ao ponto de partida: está a baliza bem entregue?
Guarda-redes reencontra o adversário de estreia a titular na Liga, pelo FC Porto, na temporada passada. Já igualou este ano os jogos de 2013/14. Andrés Fernandez e Helton: terão hipóteses?
A 23 de março de 2014 Fabiano sobe ao relvado do Dragão para, pela primeira vez na carreira, ser titular do FC Porto num jogo da Liga. Bem fresca na memória estava, ainda, a lesão de Helton, gravíssima, sofrida em Alvalade, na ronda anterior. Eram tempos estranhos no Dragão. A Liga parecia perdida (e estava, comprovou-o o futuro), mas sonhava-se com algo mais na Europa. Afinal, dias antes, já com Fabiano, o FC Porto fora empatar a Nápoles (2-2) e deixara os italianos pelo caminho. Pela frente surgia o Belenenses. O mesmo que, este sábado, volta ao Dragão. Fabiano volta ao ponto de partida e a hora, portanto, é de balanço, até porque na vitória em Barcelos, o guardião igualou o número de jogos (em todas as competições) que fez na temporada passada pela equipa principal do FC Porto: 21. Com Helton, paulatinamente, a queimar etapas para um putativo regresso e com o reforço Andrés Fernandez à espera de todas as oportunidades que possam surgir, o brasileiro sabe que não pode vacilar. Para já, tem a seu favor os números. Comparativamente com a temporada passada, por esta altura, o FC Porto sofreu menos golos. Nas primeiras 15 jornadas, o FC Porto sofreu oito golos. Fabiano foi titular em 14 delas. Frente ao Boavista jogou Fernandez, mas o encontro terminou a zeros. Na época passada, sempre com Helton, o FC Porto sofreu 11 golos nos mesmos 15 jogos. Ainda no mesmo campo de análise (jogos da Liga), é de destacar que, no mesmo período, tanto Helton como Fabiano sofreram dois golos no mesmo jogo apenas por duas vezes. E, não bastasse a coincidência, os adversários (e os resultados) foram os mesmos! Helton encaixou dois golos na visita ao Estoril (empate a dois), Fabiano fez o mesmo este ano, com resultado igual. O outro rival a marcar por duas vezes ao FC Porto foi o Benfica, em duas vitórias por 2-0. Única diferença: Helton sofreu na Luz, Fabiano no Dragão. Treze «folhas limpas», manchas com Sporting, Benfica e Estoril Puxando o filme atrás, é preciso lembrar que, quando Helton se lesionou em Alvalade e Fabiano saltou para a baliza, a opção mereceu poucos (ou nenhuns) reparos. Para além de ser o número dois da hierarquia, o ex-Olhanense tinha a seu favor algumas exibições convincentes nas oportunidades que iam surgindo, com o jogo com o Sporting, para a Taça da Liga, ainda bem fresco na memória, na altura. Acabou sem golos e o FC Porto em muito o pode agradecer a Fabiano. A sucessão foi, portanto, natural e, depois da igualdade a dois em Nápoles, com sabor a vitória, manteve a baliza inviolável no tal jogo de estreia, na Liga, com o Belenenses e frente ao Benfica, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Duas vitórias por 1-0. Fabiano terminou a época sem grandes sobressaltos, tendo como ponto mais negativo a derrota na Luz para a Taça de Portugal (3-1), onde não fica isento de culpas no primeiro golo.
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