Herrera – a queda: «Não está cansado, mas anda distraído»
Ex-selecionador mexicano analisa o mau momento do médio no FC Porto.
Três presenças nos últimos sete jogos oficiais; 93 minutos em 630 possíveis; quatro vezes suplente não utilizado. A queda de Héctor Herrera nas escolhas de Julen Lopetegui é estridente.
Titular absoluto na época anterior, o internacional mexicano atravessa um período de apagamento constrangedor no FC Porto. No que diz respeito ao tempo de utilização, sim, mas particularmente no pouco que tem feito sempre que tem estado em campo.
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Nesta altura, de resto, é até seguro afirmar que Rúben Neves, Danilo, André André, Imbula e Evandro (este nos últimos dois jogos) estão à frente de Herrera na hierarquia do meio-campo azul e branco.
Atrás só Sérgio Oliveira. E Alberto Bueno, o tal avançado disfarçado de médio, nas palavras do próprio Julen Lopetegui.
Os dados são contundentes. Herrera está a jogar quase tão pouco como jogava no primeiro ano de FC Porto, embora aí com a forte atenuante da componente de adaptação a um futebol obrigatoriamente distinto.
NÚMEROS DE HERRERA À 10ª JORNADA DA LIGA:
. 2013/14: 4 jogos (3 a titular); 245 minutos
. 2014/15: 10 jogos (7 a titular); 627 minutos
. 2015/16: 5 jogos (3 a titular); 225 minutos, 1 golo *
OUTRAS COMPETIÇÕES:
. 2013/14: 2 jogos (1 a titular); 17 minutos
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. 2014/15: 5 jogos (5 a titular); 450 minutos; 2 golos
. 2015/16: 3 jogos (1 a titular); 99 minutos
* jogo com União da Madeira está em atraso
«Estamos surpreendidos por Herrera estar a jogar tão pouco»
Héctor Herrera esteve na Gold Cup com o México no verão de 2015. Chegou, por isso, atrasado ao estágio de pré-época do FC Porto. Herrera juntou-se aos colegas a 31 de julho, treinando de imediato sem limitações.
Em entrevista ao Maisfutebol, o ex-selecionador azteca, Miguel Herrera, recusa que o cansaço e a acumulação de jogos seja o principal fator para a quebra (e queda) do homónimo nas escolhas de Lopetegui.
Miguel Herrera, amigo próximo de Héctor, tem, aliás, uma explicação curiosa e fala em «desconcentração».
«Não falo há algumas semanas com ele, mas sinto-o que anda um pouco distraído em campo. Não é o mesmo. Só ele saberá o que se passa, desconheço a existência de algum problema pessoal», refere o atual treinador dos Xolos de Tijuana ao nosso jornal.
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O problema de Herrera só pode ser, por isso, emocional. Do foro psicológico. As qualidades físicas e técnicas, insiste Miguel Herrera, estão todas lá.
«Ele vai voltar a ser o que era no FC Porto e na seleção. Ainda recentemente o vi a marcar um golo extraordinário aos EUA. Já não sou o selecionador, mas estamos todos surpreendidos por estar a jogar tão pouco».
Héctor Herrera tem «crédito» junto das equipas técnicas de clube e seleção, por tudo o que foi capaz de mostrar «nas últimas três temporadas».
«Já o vi a decidir muitos jogos. Quem não gosta de um jogador assim? Não sei se foi o mercado de transferências que mexeu com ele ou não. Mas sinto-o desconcentrado e isso não pode ser».
Héctor Herrera viajou na manhã de segunda-feira para o México, na companhia de Jesús Corona e Miguel Layún. No dia 13 de novembro, os aztecas jogam contra El Salvador, na capital do país.
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