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FC Porto  |  

Conceição: «Se alguém dissesse mal do António Oliveira, torcia-lhe o pescoço»

Treinador do FC Porto sublinhou qual o factor mais importante para ter sucesso e liderar e defendeu que o respeito pela figura do treinador se diluiu

A liderança e o caminho para o sucesso foram alguns dos temas abordados por Sérgio Conceição durante a participação no último painel do World Scouting Congress, que decorreu esta terça-feira numa unidade hoteleira, no Porto. Para além de ter recordado a sua infância, o treinador do FC Porto defendeu que ser genuíno é o factor mais importante para ter sucesso e liderar. «Existem um conjunto de situações muito importantes para o sucesso de um treinador: a qualidade do plantel, a força e a capacidade da estrutura. No entanto, ser genuíno é ainda mais importante. Os jogadores não são os mesmos de há 20 anos. Antigamente não entendiam a forma como se treina ou como se preparam os jogos. Hoje em dia já percebem tudo, incluindo os termos técnicos que por vezes utilizamos. Há uns tempos ninguém entendia patavina. Agora o jogador é mais inteligente, mais perspicaz, vê e percebe o trabalho. Obviamente que, alguma sorte é importante também», justificou. Pelo contrário, o técnico dos dragões considerou que o respeito pela figura do treinador não é o mesmo que no passado. «O treinador deve ser ele mesmo. Não podem existir dois discursos no balneário. Os jogadores têm de sentir que todos são iguais, independentemente dos diferentes papéis na equipa ou no balneário. Posso falar individualmente com um ou outro, equipa técnica também trabalha por trás. Hoje é muito mais difícil do que antigamente. Antigamente havia um grande respeito pela figura do treinador. Hoje, por várias razões, fica mais difícil gerir isso. A grande dificuldade do treinador é precisamente essa: manter grupo unido e focado nos objetivos da equipa, mesmo os que jogam menos. Não é fácil. Aceito a tristeza e a desilusão de não estar a jogar, mas se ultrapassarem essa linha, fica difícil tanto para mim como para eles. Isso está claro dentro do balneário. Tenho a minha forma de liderar, outros terão outras. Não sei qual a mais correta, mas a minha vai de encontro ao que sou», afirmou, antes de desenvolver o raciocínio. «As redes sociais, os amigos que dão palmadinhas nas costas, todo esse ambiente em torno dos jogadores dificulta. Antigamente, alguém dizia mal do António Oliveira e eu torcia-lhe o pescoço e ele até podia ser injusto comigo. Há bons miúdos, mas muito mais frágeis emocionalmente.»   

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