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Fisco quer cobrar 35 milhões de euros ao futebol português

No âmbito do «totonegócio»

RedaçãoLPF

As Finanças pretendem cobrar 35 milhões de euros ao futebol português, por dívidas fiscais relacionadas com o acordo denominado por «totonegócio», noticia o «Público».

O jornal cita fonte do Ministério das Finanças, que admite que «a questão está a ser tratada pela administração fiscal».

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Quando aquele acordo foi assinado, em 1999, entre Governo, Liga e Federação Portuguesa de Futebol (FPF), as dívidas dos clubes geradas durante os governos de Cavaco Silva ascendiam a 56,8 milhões. As receitas do Totobola serviriam, então, para o pagamento do montante, por parte dos clubes.

Mais 15 milhões de euros descobertos

Havia ainda duas fases para acerto de contas, o primeiro em 2004, o segundo em 2010. Nenhuma delas ocorreu, conforme escreve o jornal.

No ano do Europeu em Portugal, o então ministro das Finanças, Bagão Félix, exigiu à Liga e à FPF o pagamento de 20 milhões de euros, quantia que faltava da primeira parte do acordo. No entanto, depois de assinado o «totonegócio», foram ainda descobertos mais 15 milhões de euros de dívidas.

Ora, Liga e FPF recusaram-se a pagar. O argumento foi de que as dívidas eram dos clubes. O «Público» explica que as duas entidades «foram para tribunal para suspender a parte do acordo que menciona taxativamente que, se o Totobola faltasse, eram as entidades responsáveis pelo pagamento e dezenas de oposições à liquidação». Liga e FPF perderam em todas as instâncias judiciais.

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Sede da FPF penhorada

Como se sabe, os clubes necessitam de certidões sobre a situação fiscal para poderem disputar as provas. No entanto, as Finanças passaram essas mesmas certidões e o acerto de contas de 2004 ficou sem efeito. Um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais adiou para 2010 o pagamento exigido aos clubes.

No início do ano passado, por causa de uma dívida do Leixões no âmbito do «totonegócio», a Direcção Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) penhorou a sede da FPF e colocou-a à venda por 1,5 milhões de euros. O desfecho é desconhecido.

De acordo com «Expresso», o futebol pagou 23 dos 56,8 milhões de euros que devia desde o início do «totonegócio». Desse modo, está por pagar o resto e, ainda, os tais 15 milhões descobertos fora do âmbito do «totonegócio».

Aquele semanário escreveu que o Estado preparava-se para perder 35 milhões de euros por causa do fim do «totonegócio». Agora, o «Público» explica que não, porque a dívida não prescreveu, não deixou de existir com base no fim do acordo. O diário entendia, com base no artigo do «Expresso», que se podia estar a preparar um perdão fiscal ao futebol.

No entanto, responsáveis do Ministério das Finanças negaram esse cenário que garantiram que o caso está em averiguação.

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