Liga: a análise da 19.ª jornada
Sê bem-vinda de volta, emoção!
Agora sim! Está na hora de pôr o comprimido debaixo da língua. Um ponto. Um mísero ponto é quanto separa Benfica e FC Porto no topo da Liga após a jornada 19 da Liga.
Os azuis e brancos foram o primeiro dos chamados grandes a entrar em ação nesta ronda e cumpriram a missão frente ao Estoril. Num jogo difícil, a equipa de Nuno Espírito Santo só pôde respirar de alívio nos minutos finais, quando André Silva desatou o nó através na marca dos 11 metros: o FC Porto chegava ao 1-0, fez o segundo nos descontos (Corona) e permitiu ao Estoril reduzir por Dankler no último sopro do encontro.
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O resultado deixou o FC Porto a um ponto do líder Benfica. À condição.
Cabia ao campeão nacional cumprir com a tradição no recinto onde somava seis vitórias consecutivas para a Liga e onde não perdia desde o final do século passado. Perdeu agora. Ponto final na seca sadina (graças a um golo de Zé Manuel, jogador emprestado pelo FC Porto). E no estado de graça dos encarnados, que somaram a segunda derrota seguida (depois do 1-3 com o Moreirense para a Taça da Liga) Em pouco mais de duas semanas, a águia viram a vantagem para o FC Porto reduzir-se de seis para um ponto.
Ainda longe continua o Sporting. Depois de dois empates para a Liga e da eliminação na Taça de Portugal, o conjunto de Jorge Jesus regressou finalmente aos triunfos. Vitória por 4-2 sobre o Paços de Ferreira e uma primeira parte autoritária, com o leão em vantagem por 3-0 ao intervalo. Os pacenses reergueram-se no regresso dos balneários e reduziram para a diferença mínima com dois golos de Welthon. Fantasmas presentes que Bas Dost se encarregou de afastar com o segundo remate certeiro do jogo: o holandês já soma 16 golos na Liga.
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A 19.ª jornada foi atípica. Começou a 27 de janeiro e só chegou ao fim nesta quinta-feira, dia 2 de fevereiro, com o Moreirense-Feirense e o Rio Ave-Sp. Braga.
O Boavista e o Belenenses deram o pontapé de saída na ronda, com a sorte a sorrir à equipa de Quim Machado, que levou os três pontos para Lisboa às custas de um golo solitário de João Diogo. Os azuis do Restelo não ganhavam fora para a Liga desde 5 de novembro.
Sábado foi dia preenchido em matéria de jogos. A bola começou a rolar ainda de manhã: Tondela-Desp. Chaves – lanterna vermelha contra a equipa sensação do campeonato a partir das 11h45. Levou a melhor a equipa da Beira Alta: 2-0 com golos dos reforços Yordan Osorio e Heliardo. A equipa de Pepa soma agora 13 pontos e recupera ar na luta pela permanência: o Estoril, a primeira equipa na zona de salvação está agora a dois pontos.
Igual ao Tondela está o Nacional, que continua ser encontrar o caminho dos bons resultados. Na receção ao Arouca, o conjunto insular evitou a derrota nos descontos, de penálti. Salvador Agra bateu o avançado Walter González (sim, leu bem) e fez o 1-1 ao cair do pano.
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À mesma hora, V. Guimarães e Tondela empatava sem golos na Cidade Berço, num jogo com pólvora seca mais muita emoção à mistura.
Dias depois da conquista da Taça da Liga, o Moreirense voltou a cair na real e concedeu um empate em casa diante do Feirense (1-1). O duelo entre aflitos resultou numa igualdade sem direito a contestação, face aquilo que ambos produziram.
A ronda encerrou com outra desilusão, ali para os lados do Minho. O Sp. Braga perdeu em Vila do Conde (1-0) e não foi capaz de aproveitar os escorregões dos adversários que lutam pelos lugares europeus.
O triunfo fora de portas permitiria ainda colocar pressão sobre o Sporting antes do «clássico», tendo em conta a luta pelo pódio, mas o conjunto orientado por Jorge Simão voltou a desapontar, para felicidade dos vila-condenses.
Um pleonasmo fácil, mas a segunda volta deu de facto uma volta gigante às contas do campeonato e trouxe à tona a emoção do futebol.
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