Liga Europa: Dínamo Zagreb-Benfica, 1-0 (crónica)
Dínamo desligou a energia da máquina encarnada
A máquina de jogar futebol, concebida por Bruno Lage, encravou hoje na Croácia: o Dínamo venceu o Benfica, que dentro de uma semana terá de fazer bem mais para dar a volta à eliminatória e qualificar-se para os quartos-de-final da Liga Europa.
Depois da motivadora vitória no clássico do Dragão, que permitiu a chegada ao comando do campeonato, o Benfica apareceu surpreendentemente passivo neste final de tarde no Estádio Maksimir.
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Foi a segunda derrota, em 15 jogos de Lage no comando, mas sobretudo a pior exibição do consulado do novo treinador.
Para este jogo, Lage poupou André Almeida, Samaris, Pizzi e Rafa, lançando Corchia, Florentino, Gedson e Krovinovic.
Perante um Dínamo – dominador absoluto no futebol croata – sólido e bem organizado, os encarnados até entraram bem, dispondo de uma excelente oportunidade logo aos 8 minutos: Félix fez um passe a rasgar e encontrou Grimaldo, que permitiu a defesa a Livakovic.
A partir do quarto de hora de jogo, os croatas mostraram-se sempre mais perigosos, apesar da maior posse de bola da equipa portuguesa.
Dani Olmo, nas costas do ponta de lança, e Kadzior eram focos de instabilidade para as águias.
Tudo piorou com cinco minutos terríveis já depois da meia hora de jogo: Seferovic saiu com uma lesão muscular, antes de Rúben Dias cometer uma infantilidade, ao derrubar Olmo na área.
Petkovic cobrou o penálti e fez o 1-0 com que o jogo chegou ao intervalo.
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Dinamo Zagreb-Benfica, 1-0: ficha e filme do jogo
No segundo tempo, um Benfica aparentemente quebrado em termos físicos, mostrou dificuldades em chegar mais à frente com perigo.
Lage tratou de mexer antes do adversário. Lançou Rafa e Zivkovic, já depois de, por contingência, ter feito entrar Cervi ainda na primeira parte. A equipa precisava de velocidade, de galgar metros e chegar com perigo ao último terço croata.
Contudo, o perigo surgia sobretudo do lado contrário e, nos momentos finais, o Dínamo esteve mais perto do 2-0 do que o Benfica de empatar.
Valeu Vlachodimos – o melhor em campo dos encarnados – ou o desacerto dos avançados da equipa da casa para não desequilibrar uma eliminatória que continua perfeitamente em aberto.
Esta tarde, em Zagreb, o Dínamo tirou a energia à máquina de jogar futebol de Bruno Lage.
A segunda mão, dentro de uma semana, servirá para desfazer as dúvidas que hoje se levantaram. Mas nada melhor do que um regresso à Luz para voltar a ligar este Benfica à corrente.
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