Obrigado, Rui Barros!

O registo luminoso, projectado por cima de uma bancada de cativos que pulou muitas vezes com as diabruras de Rui Barros, era o reflexo de um sentimento comum a todos os presentes nas Antas. O ex-jogador permanecia entre os aplausos dos companheiros. Tímido, de sorriso eternamente gaiato e olhar estranhamente luzidio, a revelar emoções até agora desconhecidas. Pediam-lhe para falar ao estádio, faria questão de anunciar que «é muito mais fácil» dar pontapés na bola que sempre tratou por tu. Pelo meio, uma prenda: o número oito vai integrar a equipa técnica liderada por Fernando Santos. 

Rui Barros sairia em ombros, com um estádio a homenageá-lo sem poupar nas palmas, garregando um dragão de ouro que trocou com Pinto da Costa pela sua histórica camisola oito. «Obrigado, Rui Barros», ter-lhe-á dito o presidente, um dos grandes impulsionadores da homenagem.