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Salgueiros  |  

Gil Vicente-Salgueiros, 3-2 (crónica)

A alma, destroçada, não foi capaz de evitar o destino A tarefa era muito complicada, mas o Salgueiros ainda a tornou mais impossível. Disse adeus à I Liga

Redação

Doze anos depois de ter subido pela última vez à então designada I Divisão -- foi em 1989/90, quando os salgueiristas foram a Espinho ganhar na última jornada, vencendo a Zona Norte - o Salgueiros volta a perder um lugar entre os grandes. O clube de Paranhos vai participar na II Liga em 2002/03, naquela que será uma prova de fogo de uma equipa que já se desabituou a ter que lutar... pela subida.

Esta sentença acaba por ser o culminar de uma época frustrante para os homens de Paranhos. A mudança técnica, após a derrota copiosa frente ao Sporting (1-5), de Vítor Manuel para Carlos Manuel, não inverteu a tendência negativa que a equipa acusou quase desde o início. O jogo desta tarde, em Barcelos foi uma óptima imagem daquilo que foram as deficiências do Salgueiros ao longo de todo o campeonato: falta de capacidade de resposta a situações negativas; pouca ligação entre os sectores; ausência de um fio de jogo consistente; desaproveitamento das oportunidades criadas (sendo que até cria bastantes) e, acima de tudo, a falta de alguém que faça a diferença. São, convenha-se, problemas a mais para uma só equipa. O jogo de há duas semanas, com o Leiria, e partida da jornada passada, na Madeira, também já tinha acusado essa realidade.

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É óbvio que a tarefa do Salgueiros, neste jogo, não ia ser fácil. Cinco pontos de atraso, quando faltavam apenas seis a disputar, era dose a mais para uma equipa com tantas deficiências. Mas havia que acreditar. Afinal de contas, o adversário directo, o Varzim, ainda vai a Paranhos na última jornada. Uma vitória em Barcelos poderia manter tudo em aberto, desde que o Varzim não ganhasse ao Marítimo. Uma das premissas, confirmou-se: o Varzim perdeu mesmo. Mas faltou a confirmação da outra. O Salgueiros fez, uma vez mais, um jogo desequilibrado e pouco rigoroso. Voltou a perder.

A enorme diferença de ter tranquilidade

No pólo oposto, o Gil transpirava tranquilidade. Na passada segunda-feira, a permanência tinha passado a ser um facto concreto. Agora, era apenas uma questão de se despedir do seu público de forma agradável.E isso foi feito. O Gil foi sempre uma equipa mais serena, que trocou melhor a bola, ainda que nunca tenha chegado a deslumbrar. Fez um jogo a meio gás, garantindo apenas o q.b. para vencr um Salgueiros desmoralizado.

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A primeira fase do jogo até indicava um Salgueiros atrevido. Mas foi sol de pouca dura. Os gilistas foram crescendo no terreno e quando Lemos, e cabeça, fez o primeiro, tudo começou a ficar clarificado. Os salgueiristas acusaram muito a adversidade e não conseguiram evitar o segundo, em mais um golo de cabeça. Desta vez, foi Paulo Alves. 

O Salgueiros recolheu aos balneários praticamente derrotado. Havia que tentar, pelo menos, terminar o jogo com dignidade. O que não parecia fácil, após o terceiro, também de Paulo Alves, mas de grande penalidade. Só que ao terceiro, o Gil pareceu ficar de barriga cheia. Não esteve mais para lutar. Descansou.

Apesar de derrotado, o Salgueiros foi digno. Fez dez minutos finais bonitos, premiados com dois golos seguidos, já nos descontos. Mas era tarde. Muito, muito tarde.

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