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A outra bola de prata de Pena

Menos 200 contos na carteira de um emigrante A história de um emigrante que foi às Antas levar um troféu ao goleador portista. Um acto que lhe custou 200 contos...

Redação

Na Liga não conta, ainda, um único golo. Os pontapés saem mal a Pena, frustrados em tentativas repetidas, por vezes absurdas e desesperadas, mas insuficientes para lhe negar o direito de erguer a bola de prata. Não a oficial, que distingue o melhor marcador da prova, mas a projectada e oferecida pela paixão de um adepto portista, emigrante há sete anos na Alemanha, que, ao final da manhã, o envolvia num abraço. 

Mário Couto, 40 anos, trabalhador da contrução civil em Hannover, adepto do F.C. Porto e do Marco, camisa aberta e fio de ouro ao pescoço, posava e sorria para a foto, enquanto depositava nas mãos de Pena a bola de prata, peça de ourivesaria que lhe custara cerca de 200 contos, mais ou menos o mesmo preço que um amigo ourives lhe fizera, numa especial atenção, para os outros quatro troféus atribuídos em épocas anteriores. 

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Natural do Marco de Canaveses, onde tem um «snack» a dois passos do estádio, a que deu o nome de «Bar da Liga», Couto lembrou-se um dia de distinguir Domingos. Justamente na época de 1990/91. Já na altura punha «uns trocos de lado», quando Domingos e Rui Águas se igualavam na lista de marcadores, com 25 golos e pequenos pormenores a garantirem a vantagem do avançado benfiquista. Na altura a trabalhar no Porto, o agora emigrante atenuou a dor de um dos seus ídolos de então. Na equipa actual, elege Deco e Cândido Costa como os melhores. 

À bola de prata de Domingos, «made in» Marco, seguiram-se mais duas para Jardel e uma terceira que Mário Couto não chegou a mandar fabricar, por não saber do paradeiro do brasileiro, que partira para a Turquia. Detinho, na altura avançado do Marco e agora jogador do Campomaiorense, também foi agraciado. Hoje, dez anos depois e mil contos mais tarde, foi a vez de Pena ser alvo de um incontido «orgulho clubístico». 

O gesto, esbanjador, dirá a família, bonito, admite Pena, já mereceu a crítica da esposa, igualmente portista, mas seguramente mais sensata, reconhece Mário Couto. «Diz que sou maluco», conta, com um sorriso. Mas as repreensões não refreiam a pequena loucura do emigrante, que, nas obras, em Hannover, já teve de se haver com a troça dos colegas benfiquistas. Quer dar «mais destaque» à próxima vez que atribuir um troféu, talvez totalmente diferente, o que implica o dispêndio de «mais uns trocados».

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