Sp. Braga-Sporting, 3-2 (reportagem)

Um grande jogo de futebol, eis a ideia base defendida por vencedores e derrotados no final do jogo. 

Manuel Cajuda apresentou um discurso sereno, mas um pouco sarcástico, assumindo como alvo «aqules que não queriam acreditar no valor do Braga». 

Destacando o excelente nível da segunda parte, o técnico arsenalista foi directo:«Foi um jogo muito bom. Podíamos ter ganho vantagem ainda antes de o Sporting ter marcado o primeiro golo, dado que criámos várias oportunidades de perigo e eles acabaram por chegar à vantagem na primeira oportunidade que tiveram. Penso que o Sporting terá pensado, na segunda metade da primeira parte, que o jogo estava decidido. Porém, o Braga está muito forte e efectuou um segundo tempo extraordinário. Não há volta a dar, só tem que haver mérito da nossa parte, dado que nunca assumimos um postura defensiva e utilizámos o mesmo esquema táctico das anteriores partidas. Sinto orgulho nos meus jogadores, mesmo sem contar com o Artur Jorge, nas condições que a administração nos tem dado e só tenho mágoa que o Pedro Lavoura não esteja presente para saborear este triunfo. De agora em diante é preciso ter muito juizinho, pois as coisas não vão ser sempre assim.» 

Sobre a aposta em Ricardo Rocha, Cajuda foi lacónico e deixou uma mensagem: «Não podia jogar com dez contra o Sporting, porque seria chato. Penso que lançar novos jogadores é das coisas mais fáceis que existem, é pegar ou largar. Se o atleta jogar bem, muito bem, se não eu assumo as quota parte de responsabilidade. Há cinco ou seis jogadores da equipa B que têm valor para chegar longe, mas terão de ter espaço para jogar. De qualquer forma, desejo que o Manoel recupere o mais rapidamente possível da sua lesão.» 

Inácio felicita Braga 

Tal como o técnico arsenalista, Inácio começou por enaltecer a qualidade do encontro: «Foi um grande jogo de futebol, com as duas equipas a tentarem sempre chegar à vitória. Parabéns ao Braga, pois venceu bem, mas penso que também poderiamos ter saído vitoriosos. Sofremos dois golos na sequência de livres, quando antes podíamos ter ampliado a vantagem. Mesmo com o 3-1, nunca baixámos os braços e fomos mesmo até ao segundo golo. Depois disso, já nada mais foi possível.» 

Após a primeira derrota no Campeonato, o Sporting prepara-se para defrontar o Real Madrid já na próxima terça-feira: «Agora já podemos pensar no jogo que se segue, antes não fazia sentido. É claro que gostava de ter 34 vitórias, mas este desaire deve servir para tirarmos as nossas ilações sobre os erros cometidos. Não vamos baixar os braços.»