U. Leiria-Santa Clara, 3-1 (destaques)

A sua polivalência dá jeito a qualquer treinador. Esta tarde jogou à frente da defesa e, à sua conta, o Leiria conseguiu equilibrar a luta no meio-campo quando tudo jogava a favor do adversário. João Paulo não se limitou a destruir o jogo dos açorianos que se apresentaram sempre em maior número no centro do terreno, mas procurou também sair com a bola controlada para lançar a sua equipa em contra-ataque. Jogou em todos os sectores do terreno, fazendo as devidas compensações sempre de forma oportuna, dando a impressão que se desdobrava. Tentou ainda a sua sorte com dois fortes remates de longe.

Mais uma boa exibição do lateral esquerdo e mais um golo na marcação de um livre directo, que é definitivamente uma das suas especialidades. Deu segurança ao flanco esquerdo, anulando João Pedro sempre que este lhe surgiu pela frente, e subiu bem no terreno, entendendo-se bem com Silas. Foi o responsável pela mudança do jogo para melhor com um forte pontapé na monotia que se estava a instalar.

Esteve longe do seu melhor, mas ainda assim manteve-se como uma pedra fundamental no jogo leirinense. Segura bem a bola, ganha muitas faltas e dá tempo para os seus companheiros racicionarem e tomarem as melhores opções. Atenuou a desvantagem numérica da sua equipa no meio-campo, e a ausência de Maciel ganhando muitos lances de um para um, provocando desequilíbrios na área adversária.

Também esteve muito abaixo do que já demonstrou do que é capaz de fazer, mas ainda assim também se destacou, enquanto esteve em campo, como o timoneiro da sua equipa. Foi dos poucos que se deu ao trabalho de pensar sobre o jogo e não se limitou a atirar para onde estava virado. Perante a rigorosa marcação de Edson, passou a procurar outros caminhos para a baliza do Leiria. Primorosa a assistência para Ceará fazer o golo açoriano.