Fiúsa: «O Gil está como um preso na cadeia há dez anos»
Presidente do clube de Barcelos exige integração imediata na Liga à entrada para a Assembleia extraordinária da Liga
António Fiúsa, presidente do Gil Vicente, recusa esperar mais um ano e quer a equipa de Barcelos seja desde já integrada na Liga, pelo menos é isso que o dirigente espera que fique decidido na Assembleia Geral extraordinária da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
«O Gil está como um preso na cadeia há dez anos, a quem dizem que, afinal, tinha razão. Portanto, não se lhe pode dizer, agora, para aguentar mais um ano, coisa que nem ao diabo lembra», destacou o dirigente, à entrada para a reunião magna, que decorre no Porto.
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Segundo Fiúsa, «o comunicado da Federação Portuguesa de Futebol é claro: reponha-se o Gil Vicente na Liga, o mais rapidamente possível». «Se for só para o ano, terei que pedir responsabilidades», ameaçou o presidente do clube de Barcelos, ante a possibilidade de o Belenenses, cuja queixa deu origem ao chamado «Caso Mateus», há dez anos, recorrer da decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, que deu razão ao emblema de Barcelos.
Para Fiúsa, «os delegados [na AG] são pessoas sérias e inteligentes», admitindo que o possível recurso da equipa de Belém «é um direito que lhe assiste». «Não o Belenenses, mas as pessoas que estavam à sua frente há dez anos, arranjaram as tramoias que atingiram o Gil Vicente», afirmou António Fiúza, distinguindo os dirigentes de então dos de agora, acrescentando que «não é parte decisória, ao contrário da liga e da federação».
No hipotético caso de a subida se fazer apenas em 2017/18, o presidente gilista diz temer pela verdade desportiva: «Vejam-se os recentes casos de apostas ilegais». «Não consigo garantir que não haja, por exemplo, um ou outro jogador que não se venda, sabendo que o Gil sobe de certeza absoluta, independentemente dos resultados».
A reintegração do Gil Vicente na I Liga é votada esta quarta-feira em Assembleia-Geral extraordinária da Liga, «em cumprimento da decisão proferida pelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa no âmbito do processo comummente designado «Caso Mateus», conforme o segundo ponto da ordem de trabalhos.
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