Helton baterista: «Pinto da Costa dizia que não me ouvia»

Não é de agora que se sabe que Helton é homem de duas paixões: futebol e música. O guarda-redes do F.C. Porto já há muito deu a conhecer a sua vertente musical que já não se limita ao cavaquinho que leva para os estágios. Na banda H1, Helton é o baterista. Mesmo que até não saiba...tocar nada.

«Na verdade eu não sei tocar nada, vou metendo a cara. O pessoal tinha a banda e dizia-me que só faltava o baterista, para eu ir e tocar. É igual ao futebol, falta sempre o guarda-redes e dizem: Vai lá, é você!», brincou o portista, em entrevista ao «Globoesporte».

A prioridade, ainda assim, são os relvados. Pelo menos até pendurar as luvas. «A própria banda sabe que minha prioridade é meu trabalho profissional. Mas tenho um amigo, o Pedrinho do Recife, que ajuda e assume quando temos um show próximo da data de um jogo importante», explica.

No F.C. Porto para além de companheiros tem seguidores na música. Hulk, por exemplo, é fã assumido e já disse que Helton é tão bom na bateria como na baliza. «Ele diz isso porque é meu amigo», justificou Helton.

Quem também gostou do que viu quando assistiu ao primeiro concerto de Helton foi...Pinto da Costa. «Ele já conhecia essa minha façanha. Eu levava sempre o cavaquinho e o violão para os estágios, mas ele brincava comigo, dizia que nunca ouvia o som. Sempre fui discreto, tocava no meu quarto. Depois do concerto na Casa da Música ele disse que ficou surpreso por me ver na bateria e disse que só faltou colocar as luvas», contou.

O guardião pensa em investir na música depois de terminar a carreira no futebol e lembra como tudo começou. De forma pouco comum.

«Começou tudo no Vasco. Eu morava no centro de estágio e o estádio estava em obras. Um rapaz que trabalhava lá pediu-se uma camisola minha e ofereceu-me em troca um pandeiro. A partir daí comecei a interessar-me mais pela música», explicou. E o bichinho pegou.

Uma música da banda de Helton