A incrível odisseia da seleção da Guiné para chegar à Zâmbia
Viagem demorou mais de 25 horas e os jogadores tiveram de pagar a estadia num hotel em Roma
Os jogadores da seleção da Guiné-Bissau estão indignados com as dificuldades para viajar até à Zâmbia, país onde, no próximo sábado, têm uma partida de apuramento para a Taça das Nações Africanas.
Vários jogadores convocados por Paulo Torres manifestaram desagrado com a «desorganização» que estão a enfrentar desde que saíram de Lisboa na última quinta-feira.
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«Estou triste com tudo isso. Se perdermos, vão dizer que não prestamos para nada, quando na realidade perdemos por falta de organização. Como é que é possível uma seleção na véspera do jogo não treinar», questiona da Silva aos microfones de uma rádio daquele país.
Recorde-se que a formação guineense concentrou-se em Portugal, de onde seguiu viagem para a Zâmbia, mas o itinerário traçado pelos dirigentes federativos está a revelar-se uma verdadeira odisseia.
«Gostava de saber quem escolheu esta rota. Isto é um crime o que estão a fazer connosco», sublinhou o médio Zezinho, que contratualmente está ligado ao Sporting.
«Quem escolheu este itinerário não percebe nada de futebol. Nem uma caravana de turistas merece este tratamento» disse Ivanildo, jogador da Académica de Coimbra.
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A comitiva guineense, composta por 20 jogadores, seis dirigentes e corpo técnico, segue, agora, de autocarro da Etiópia para a Zâmbia.
«Mais de 25 horas de viagem é desgastante. Viajar de avião e depois de autocarro para ir jogar é complicado», disse o avançado Sami, jogador do FC Porto.
Entretanto, o diretor-geral do Desporto da Guiné-Bissau, Carlos Costa, garantiu que o Governo disponibilizou os meios necessários e que coube à Federação a escolha do itinerário da viagem, pelo que «as responsabilidades terão que ser apuradas».