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Opinião  |  

Itália e Donadoni: ser menos cínico nem sempre é positivo

É preciso compensar com futebol.

Confirmou-se o que já se anunciara. Roberto Donadoni já não é o seleccionador da squadra azzurra e, para cúmulo, voltou a ser dono do lugar o campeão do mundo de 2006 Marcelo Lippi.

A Itália foi, no Euro-2008, menos cínica que noutras ocasiões, mas isso não foi sinal, ao contrário do que possa parecer, de uma equipa finalmente virada para o ataque. Foi menos cínica, porque foi, sobretudo, menos capaz. Não conseguiu ser letal quando os outros tentavam explorar esse défice de rigor e acabou por sair do Campeonato porque Casillas defendeu mais um penalty do que Buffon. Isto é o que o diz a estatística do jogo. É o que pensa também Donadoni, longe de ser consensual para os italianos. A Itália não entusiasmou como não entusiasmara noutras competições, mas foi ainda menos eficaz. Jogou menos calcio do que antes. E foi apenas coincidência que a eliminação não tenha surgido de um remate de Villa ou depois de um drible de Torres. Brilhou o seu melhor jogador, o guarda-redes Buffon. As lesões na defesa explicam parte da falta de sustentação do futebol italiano, construído a partir de trás. O castigo de Pirlo frente à Espanha revelou falta de liderança e, mais ainda, capacidade para pensar do meio-campo para a frente. O azar de Toni diminuiu ainda mais as escassas soluções ofensivas do jogo azzurri. A incapacidade para fugir a todas estas limitações fragilizou o seleccionador, perseguido pelo fantasma de Lippi, agora de novo de carne de osso.

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