Jesus sobre Cardozo: «Ser treinador não é só escolher onze»

Jorge Jesus voltou a explicar, de forma pormenorizada, as razões que o levaram a manter Cardozo no banco até ao intervalo. Uma opção em defesa do equilíbrio defensivo, frisou: «Nós trabalhamos durante a semana com uma certa metodologia. Ser treinador não é escolher onze e pô-los a jogar. O futebol hoje é uma ciência, não exata, mas uma ciência de cada um, com muitos pormenores de estratégia. A não inclusão do Oscar passa por aí», começou por dizer. O técnico recorreu ao sucedido em Moscovo para explicar a opção: «Sabíamos que jogar com Oscar e Lima na frente é uma coisa e com Lima e Rodrigo é outra. O Spartak tem um jogador fundamental na saída de bola, o Rafael Carioca, que não conseguimos parar em Moscovo. Depois dos 90 minutos com o V. Guimarães, era importante que entre o Oscar e o Lima, um dos dois fosse reservado para a mudança estratégica depois do intervalo», lembrou o técnico. Jesus voltou a deixar elogios para a atuação de Rodrigo, sacrificado ao intervalo: «Esteve muito bem, fez tudo o que lhe pedi, e ajudou-nos muito a ganhar a superioridade a meio-campo. Aliás, se repararem, os primeiros cinco minutos da segunda parte foram o melhor período do Spartak, até voltarmos a equilibrar as coisas defensivamente», concluiu.