«Não admito ser bode expiatório»

O ex-presidente do BPP, João Rendeiro assumiu hoje erros, mas descartou culpas pela situação do banco, afirmando não admitir ser «bode expiatório» e dizendo que, solicitado, o Banco de Portugal não prestou informações vinculativas à administração que liderava.

«Terei seguramente cometido erros. Mas não admito que me atribuam responsabilidade que não tive, me transformem em bode expiatório de terceiros ou que desconsiderem o facto de na origem dos problemas do BPP ter estado a mais grave e imprevisível crise dos mercados financeiros dos últimos 80 anos e que ninguém - nem o Presidente da Reserva Federal Americana - conseguiu prever na sua extensão e efeitos», afirma João Rendeiro em comunicado.

No documento, de 21 pontos, Rendeiro diz que, enquanto presidente do Conselho de Administração do Banco Privado Português (BPP), pediu ao Banco de Portugal informação vinculativa, «entre outras coisas, sobre os pagamentos que o banco deveria realizar», no seguimento das «dificuldades que o banco passou a apresentar, em Novembro de 2008».