João Vieira Pinto despediu-se: «Quero agradecer ao futebol»
Ponto final em quase 20 anos de carreira
João Vieira Pinto despediu-se oficialmente dos relvados esta terça-feira, com um obrigado a todos aqueles com que se cruzou durante perto de 20 anos de carreira. «É impossível dizer o nome de toda a gente, mas quero agradecer a todos os colegas que comigo jogaram e contra mim jogaram, aos treinadores, aos dirigentes, enfim, ao futebol», disse João Pinto, em conferência de imprensa no Sindicato dos jogadores. Depois de rescindir em Fevereiro com o Sp. Braga, João Pinto diz que a decisão de abandonar foi muito ponderada. «Embora tivesse algumas propostas até à semana que passou, decidi colocar um ponto final na minha carreira, porque achei que era o momento indicado. Vou fazer 37 anos, a minha disponibilidade física e mental já não é a mesma. Disse que, assim que sentisse mais dificuldade em levantar-me de manhã para ir treinar todos os dias, parava. E isso aconteceu, também porque tive um período alargado, desde Fevereiro, para reflectir.» O agora antigo jogador destacou ainda o facto de se ir embora quando o seu filho começa a dar os primeiros passos no futebol profissional. Tiago Pinto vai jogar no Trofense, por empréstimo do Sporting. Há uma coisa que me enche de alegria: no ano em que eu abandono o futebol começa o meu filho a jogar na I Liga. E isso é muito importante.» Quanto ao futuro, João Pinto diz que ainda não decidiu o que fará. «Vai começar uma outra carreira, ainda não sei exactamente qual, mas é uma vida nova que vem aí», constatou. Para já, o seu «trabalho» é no Sindicato de jogadores, do qual é vice-presidente: «Já faço parte do sindicato há alguns anos. Fazemos tenções de continuar o nosso mandato até novas eleições e temos questões muito importantes pela frente.» À conferência de imprensa, além de um numeroso grupo de jornalistas, também assistiram alguns dos seus antigos companheiros: Valido, Amaral e Paulo Madeira, que jogaram na selecção que foi campeã do Mundo sub-20 em 1989, no Qatar; Peixe, companheiro na conquista do segundo título mundial, 1991, em Lisboa; e Lucas, companheiro mais recente no Boavista.
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