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Racismo não, obrigado

Jogo alto

Esta semana voltou a ter eco um fenómeno que em pleno século XXI continua a envergonhar um pouco todos nós: o racismo.

Em Montenegro, pelo menos três jogadores da seleção inglesa queixaram-se de terem sido ofendidos pelo público, presente no Estádio Municipal de Podgorica.

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Calum Hudson-Odoi, Raheem Sterling e Danny Rose foram os principais visados pelos cânticos racistas dos adeptos, numa atitude condenável e que pode trazer consequências graves à seleção de Montenegro. Até porque a UEFA abriu um inquérito aos factos e promete mão pesada.

No final do jogo foi normal a reacção de Gareth Southgate, que saiu em defesa dos seus jogadores, afirmando que fazem parte de um grupo e que estão protegidos por quem tem cargos de chefia na seleção inglesa.

Perante a atitude normal do treinador inglês foi no mínimo curioso ver a reacção do seleccionador montenegrino: Ljubisa Tumbakovic, quando questionado se ouvira cânticos de índole racista, disse que não, que não tinha ouvido e que não estava ali para responder a questões sobre o tema.

Então, como ficamos? Um selecionador que diz não querer falar sobre acusações de racismo dos adeptos do seu país? Onde está a profilaxia, a mente aberta que se quer nos dias de hoje ou o demonstrar à população os melhores princípios? Ou será que na República de Montenegro esses mesmos princípios são diferentes daqueles por que se regem outros países?

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Para já a Federação Montenegrina de Futebol (FSCG) anunciou que vai identificar e proibir a entrada em estádios dos adeptos que manifestaram comportamentos racistas durante o jogo com a Inglaterra de qualificação para o Euro 2020.

No mesmo dia ficou a saber-se que na rádio espanhola Cadena Cope o apresentador do programa Tempo de Jogo, Paco González, disse numa das suas intervenções que o médio da seleção portuguesa e do Bétis, William Carvalho, era, e passo a citar «um caso de descriminação positiva». «Se este jovem fosse branco diriam todos que era um gordo não profissional», adiantou.

De imediato os adeptos do Bétis apelidaram de racistas estas declarações e nas redes sociais demonstraram o seu descontentamento.

Dois países, dois comportamentos que, na mesma altura, relembram que o fenómeno do racismo no futebol não desapareceu.

Está adormecido, mas de tempos a tempos revela-se das piores maneiras.

Depende de cada um de nós estar vigilantes para que os limites do bom senso não sejam ultrapassados por atitudes e gestos que em nada fazem do desporto uma promoção a todos os níveis do fair-play e das boas práticas, como se pretende que o desporto rei seja hoje e todos os dias.

Pedro Ramalho escreve na grafia antiga

(Artigo originalmente publicado às 23:50 de 27-03-2019)

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