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Jogos Olímpicos  |  

E aí está o quarto olímpico com vista para o Rio!

Confirmada a quarta presença olímpica do futebol português, altura para responder a algumas perguntas (mais ou menos) frequentes

O apuramento de Portugal para o torneio de futebol nos Jogos do Rio de Janeiro, graças à passagem às meias-finais do Europeu de sub-21, pode suscitar algumas interrogações práticas aos adeptos. Eis uma lista de respostas a perguntas frequentes – e outras nem tanto... - sobre o quarto torneio olímpico na história das seleções portuguesas.

1- Em que datas decorre o torneio Olímpico? A prova masculina, com 16 seleções, é entre 4 e 20 de agosto de 2016, a feminina, com 12 equipas, começa e acaba um dia antes. Curiosamente, a cerimónia de abertura é só no dia 5, já depois do arranque do futebol. A final masculina está marcada para um sábado, véspera do encerramento.

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2- Os jogos de futebol vão ser todos no Rio de Janeiro? Não, a final está marcada para o Maracanã e o estádio Olímpico João Havelange também vai acolher jogos, mas seis outras sede do Mundial 2014 vão, em princípio, ser utilizadas. Entre elas, o Arena Corinthians (São Paulo), Mineirão (Belo Horizonte), Fonte Nova (Salvador), Estádio Nacional (Brasília) e o Arena Amazónia (Manaus).

Mascotes olímpicas no Maracanã

3- Além de Portugal, quem é que já garantiu o apuramento? O Brasil, claro, como país organizador. A Argentina, como campeã sul-americana. Dinamarca, Alemanha, Portugal e Suécia, representantes europeus. Há dez vagas por definir: três para a Ásia, três para África, duas para a CONCACAF, uma para a Oceânia. Sobra uma, para ser decidida num play-off entre a Colômbia e outro representante da CONCACAF, marcado para março do próximo ano.

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A festa dos dinamarqueses

4- Como está organizada a fase final? As 16 equipas são divididas por quatro grupos de quatro, com critérios geográficos a condicionar o sorteio. Em princípio, só haverá uma equipa europeia por grupo, embora os critérios sejam afinados mais em cima da competição. Ao fim de três jornadas, que se realizam entre 4 e 10 de agosto, os dois primeiros de cada grupo passam aos quartos de final. Atenção: na fase de grupos, caso haja igualdade de pontos, o primeiro fator de desempate é o saldo de golos – como acontece nas provas da FIFA – e não o confronto direto – como é hábito nas provas da UEFA, incluindo este Europeu de sub-21. Nos jogos a eliminar, final incluída, joga-se o habitual prolongamento de meia hora em caso de empate, seguido de desempate por grandes penalidades, se tal for ainda necessário.

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5- Quantos jogadores podem ser convocados para a fase final? Cada federação envia uma primeira lista provisória com 35 nomes, dois quais quatro podem ser guarda-redes. A lista final é composta por apenas 18 jogadores, dos quais dois guarda-redes. No entanto, há uma lista adicional de quatro elementos (um deles guarda-redes), que ficam em stand-by e podem ser chamados ao torneio em caso de lesão.

6- Qual é o limite de idade para os jogadores? No torneio masculino cada equipa pode levar três jogadores de qualquer idade. Os restantes têm de ter data de nascimento posterior a 1 de janeiro de 1993. Isto quer dizer que alguns dos jogadores portugueses presentes neste Europeu de sub-21 estão acima do limite de idade e só poderão participar nos Jogos Olímpicos se integrarem as tais três vagas extra. São os casos de Daniel Fernandes, Paulo Oliveira, William Carvalho e Sérgio Oliveira. William Carvalho

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7- Quantas vezes participou Portugal no torneio Olímpico de futebol? Ora aí está uma pergunta para resposta desenvolvida. Até agora, três, esta será a quarta. Na estreia por convite, em 1928, nos Jogos de Amesterdão, o futebol português era formalmente amador, pelo que não havia diferença entre seleção A e equipa olímpica. Nesse torneio, Portugal, comandado pelo histórico Cândido de Oliveira, fez três jogos e caiu nos quartos de final. Ganhou ao Chile (4-2, depois de estar a perder 0-2 aos 15 minutos) e à Jugoslávia (2-1). Depois perdeu com o adversário menos cotado, o Egito (1-2). Pepe, que bisou com o Chile, e Vítor Silva, que marcou nos três jogos, foram as figuras de uma equipa que tinha Jorge Vieira como capitão.

A seleção portuguesa nos Jogos de 1928

Ao todo, Cândido de Oliveira utilizou 12 jogadores nessa campanha: o guarda-redes Roquete (Casa Pia); os defesas Jorge Vieira (Sporting) e Carlos Alves(Carcavelinhos); os médios Raul Tamanqueiro(Benfica) , César de Matos e Augusto Silva(Belenenses) ; os avançados Pepe(Belenenses) , Valdemar(FC Porto) , João dos Santos e Armando Martins(V. Setúbal) , José Manuel Martins(Sporting) e Vítor Silva(Benfica) . Outros seis convocados não jogaram qualquer minuto: Alfredo Ramos(Belenenses) , Aníbal José(Benfica) , Cipriano Santos(Sporting) , Jorge Tavares(Benfica) , Liberto dos Santos(Unidos) e Óscar de Carvalho(Boavista) .

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Foi preciso esperar 68 anos para Portugal estar de novo na competição. Desta vez, o acesso aos Jogos de Atlanta, em 1996, foi conseguido à custa de um longo percurso de qualificação, que deixou para trás Inglaterra, Irlanda, Áustria e Letónia e culminou com uma vitória sobre a Itália (1-0) no estádio da Luz. No torneio final, a equipa comandada por Nelo Vingada conseguiu chegar ás meias-finais, depois de vencer a Tunísia (2-0) e de empatar com Argentina e Estados Unidos (ambos por 1-1). Nos quartos de final caiu a França (2-1 no prolongamento). O pior veio depois, na luta pelo pódio: derrotas claras com Argentina (0-2) e Brasil (0-5) relegaram Portugal para a quarta posição.

Nessa segunda campanha olímpica portuguesa, Nelo Vingada utilizou os seguintes jogadores: Guarda-redes: Costinha (Sporting) e Nuno Espírito Santo (V. Guimarães) ; Defesas: Rui Bento e Litos (Boavista) , Kenedy e Nuno Afonso (Benfica) , Beto (Sporting) , Andrade (E. Amadora) e Rui Jorge (FC Porto) ; Médios: Peixe(Sevilha), Afonso Martins, Dominguez e Vidigal(Sporting), Calado(Benfica); Avançados: Porfírio, Paulo Alves e Dani(Sporting), Capucho(V. Guimarães) e Nuno Gomes(Boavista) .

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A última participação portuguesa no torneio Olímpico de futebol data de 2004. Foi a menos memorável, apesar da passagem de um jovem Cristiano Ronaldo pelos Jogos Olímpicos de Atenas. Acumulando a participação olímpica com a presença no Euro-2004, para fúria dos responsáveis do Manchester United, Ronaldo não conseguiu inspirar a seleção portuguesa, que ficou pelo caminho num grupo teoricamente acessível. Depois de uma derrota a abrir, com o Iraque (2-4), a seleção portuguesa reentrou na discussão com uma vitória sobre Marrocos (2-1). No entanto, nova derrotq com a Costa Rica (2-4) acabou por deitar tudo a perder. Única curiosidade para a história: o golo que Cristiano Ronaldo marcou a Marrocos permitiu-lhe fazer o gosto ao pé em todas as grandes competições internacionais, de clubes e de seleções.

Danny em ação no Portugal-Marrocos de 2004

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Para essa terceira campanha olímpica portuguesa, José Romão escolheu os seguintes jogadores: Guarda-redes: Moreira(Benfica) e Bruno Vale(FC Porto) ; Defesas: Bruno Alves, Ricardo Costa e Bosingwa(FC Porto) , Mário Sérgio(Sporting) , João Paulo(U. Leiria) , Fernando Meira(Estugarda) , Frechaut(Boavista) Médios: Raul Meireles(FC Porto), Hugo Viana e Carlos Martins(Sporting) e Jorge Ribeiro(Gil Vicente) ; Avançados: Cristiano Ronaldo(Man. United) , Boa Morte(Fulham) , Lourenço(Belenenses) , Hugo Almeida(FC Porto) e Danny(Sporting).

Assim, à partida para a quarta presença em Jogos Olímpicos, o saldo da participação portuguesa é o seguinte:

12 jogos, 5 vitórias, 2 empates, 5 derrotas (19-24 em golos)Melhor posição: 4º lugar (JO 1996).

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