Jorge Rodrigues: um natal na Estónia com bacalhau, aletria e vinho do Porto
O Aastalõputurniir não deixa o português vir a casa
O Maisfutebol desafiou os jogadores e treinadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. São as crónicas Made in Portugal:
JORGE RODRIGUES, NOMME KALJU (ESTÓNIA)
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«Olá a todos os leitores do Maisfutebol.
Estou de volta à Estónia para preparar mais uma temporada. Como sempre, o objetivo passa por vencer a Liga. Para além disso, queremos ir o mais longe possível na Liga Europa. Conseguimos a qualificação para essa prova devido ao segundo lugar da época passada.
Como é habitual nesta altura, há muita neve e frio. Por isso, já vamos com duas semanas de treinos em gigantes pavilhões que existem no país.
Começámos por treinar a um ritmo ainda lento, pois o campeonato da Estónia começa apenas em março. Mas mesmo assim, há muita competitividade porque temos muitos jogadores a treinar connosco à experiência. Para eles, é uma oportunidade e para nós uma forma de tentar melhorar as nossas opções e a qualidade da equipa.
Normalmente, as pré-épocas duram entre um mês ou um mês e meio. Aqui, é um pouco mais longa devido a um torneio de futebol de sete muito famoso. Chama-se Aastalõputurniir e vai realizar-se nos dias 29 de 30 de dezembro. São dois dias de torneio com as equipas que disputam o campeonato nacional de futebol de onze. Os jogos são alvo de transmissão televisiva.
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Devido a esse torneio e à falta de voos de ligação entre Portugal e Estónia nessa altura, vou ter de passar o Natal e o Ano Novo por aqui, longe da minha família. Será o segundo ano consecutivo.
Como é óbvio, custa e sobretudo à minha querida mãe. Vou tentar passar os dias de festa da melhor forma possível, até com os produtos típicos que a minha mãe fez questão de colocar na mala antes que eu partisse de Vila Real.
Assim, o meu Natal na Estónia vai ter azeite caseiro, bacalhau, vinho do Porto e até tenho aqui um saco de aletria.
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Para todos, será difícil ligar com a distância familiar. Será um natal diferente mas nunca deixará de ser um santo natal.
Boas festas!
Jorge Rodrigues»
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