LE: Friburgo-Estoril, 1-1 (crónica)

Um empate histórico, mas que retirou margem de erro ao Estoril na Liga Europa. A equipa de Marco Silva precisava de vencer para se relançar na candidatura à fase seguinte. Ficou prisioneira do Friburgo no primeiro tempo, mas soltou-se no segundo. Conseguiu pontuar pela primeira vez na Liga Europa. Um ponto, aliás, que até ao momento é o único a somar ao ranking de Portugal. Mas as contas deixam a equipa canarinha com os mesmos quatro pontos de atraso do segundo lugar, mas com menos um jogo para poder recuperar terreno.

O Estoril teve muitas dificuldades no primeiro tempo. Começou a querer dominar o adversário, a ter a bola no pé. O Friburgo parecia estar expectante, mas percebeu-se depois que o posicionamento era estratégico. À espera da equipa portuguesa e depois aproveitar os espaços nas costas do Estoril.

O primeiro lance de perigo aconteceu assim. Mehmedi foi lançado em velocidade, mas o remate cruzado terminou nas mãos de Vagner.

O Estoril tinha muitas dificuldades na fase de construção. O Friburgo pressionou alto e a bola muitas vezes passou entre Yohan Tavares, Rúben Fernandes e Vagner. Centrais e guarda-redes, portanto. O último era obrigado a pontapear longo. Mais físicos, os alemães ganhavam o duelo seguinte e logo tentavam jogar rápido.

Isso sucedeu ao longo do primeiro tempo, mesmo que o Friburgo se tivesse colocadoem vantagem num pontapé de Darida que desviou em Yohan Tavares. Ainda assim, problemático era Mehmedi, que apareceu mais do que uma vez solto para ameaçar a baliza de Vagner.

A equipa portuguesa reapareceu já perto do intervalo, numa jogada de Sebá com Luís Leal que Evandro concluiu por cima após passe do último. Foi um bom sinal para o segundo tempo.

O Estoril foi ao balneário buscar agressividade na procura da bola. Trouxe também maior lucidez na saída para o ataque e começou a sair da pressão com melhores decisões, muitas delas ao primeiro toque, para que Sebá pudesse percorrer metros e combinar com Luís Leal.

O lance do empate foi ao contrário, porém. O ponta de lança lançou o extremo e, perante Baummann, Sebá colocou a bola por debaixo do corpo do guarda-redes. O empate premiou a reação do Estoril e a exibição de Sebá.

As trocas não mudaram o cariz da equipa de Marco Silva, embora Carlitos tenha estado em melhor nível do que João Pedro Galvão. Um remate de Filipe Gonçalves encontrou Baummann e do outrolado Vagner salvou o segundo, com uma bela defesa a remate de Coquelin, nos dois lances mais relevantes a partir do 1-1.

A segunda parte valeu o ponto histórico ao Estoril, uma equipa que continua a saber reagir a adversidades. E elas são grandes neste grupo H, a quatro pontos de um lugar de qualificação.