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Leonardo Jardim deixa Sporting e mete-se em nova aventura
Leonardo Jardim deixa o Sporting a meio caminho. Não é caso único no passado do treinador madeirense, ainda que as razões para a saída de Alvalade possam ser bem distintas de outras: desta vez, o projeto do Mónaco terá sido demasiado aliciante.
O currículo do técnico está cheia de saídas precoces, aliás. Umas por ideia do próprio Jardim, outras por vontade alheia. Algumas inexplicáveis até, conforme assumiu o madeirense e que o levaram a atirar no dia da apresentação em Alvalade: «Nenhum dos clubes conseguiu melhores resultados depois de eu sair de lá. Isso deixa-me satisfeito com o meu trabalho.»
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O Sporting vivera dias atribulados. Desde tudo o que levou às eleições das quais Bruno de Carvalho saiu presidente, passando pela pior classificação de sempre do clube leonino na Liga até à decisão final de que Jesualdo Ferreira não ficaria como treinador.
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A campanha do Sporting em 2013/14 afastou aquela ideia. Mas não deixa de ser curioso que a história se repita, ainda que por razões diferentes. O último clube a contar com duas temporadas completas de Leonardo Jardim foi o Camacha. Um emblema que o técnico evocou na despedida do José Alvalade, nesta terça-feira, e que foi o primeiro em que esteve como técnico principal.
«Já passei por vários clubes e várias etapas. Se não fosse a Desportiva da Camacha, não chegava a Chaves e assim sucessivamente. Por o Sporting ser o meu clube, o último trabalho desenvolvido, com certeza que é uma etapa decisiva na minha carreira.»
AS HISTÓRIAS DO PERCURSO DE JARDIM DESDE A MADEIRA
Ainda assim, também a ligação com a Desportiva terminou antes do tempo. Jardim queria ir para Chaves, onde tinha à espera um projeto de subida à Honra. Foi o que aconteceu.
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Talvez seja a maior acusação de que Jardim é alvo em todos estes anos. O próprio técnico admitiu ao Maisfutebol que esteve com um pé no Gil Vicente, mas depois seguiu para Aveiro. António Fiúza não lhe perdoou: «Havia um compromisso verbal com Leonardo Jardim, mas ele faltou à palavra.» Rui Quinta foi para Barcelos, Jardim para o Beira Mar, clube que subiu à I Liga.
Em Chaves, o treinador madeirense, nascido na Venezuela, já tinha sido claro para os jogadores: em cinco anos tinha de chegar ao primeiro escalão. De novo, teve sucesso. E de novo, saiu de forma inesperada.
A ENTREVISTA AO MAISFUTEBOL EM ABRIL DE 2013
Com o Beira Mar instalado num confortável 10º lugar na Liga, Jardim bateu com a porta e pediu a demissão. A situação financeira do clube era complicada e terá estado na base da decisão. Mas também é verdade que nessa altura já circulavam rumores do interesse do Sp. Braga. Ainda assim, em Aveiro, como em Alvalade, Jardim saiu porque quis.
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Do clube minhoto e do Olympiakos já não foi assim. Em entrevista ao Maisfutebol, antes de assinar pelo Sporting, o técnico passou por essas saídas abruptas em três respostas.
«Só volto a Portugal para um dos três grandes», dizia Leonardo Jardim em abril do ano passado ao nosso jornal. Naquele tempo, é bom recordar, o técnico era visto como opção para o FC Porto. O resto da história é conhecida. O Sporting despediu-se de Jesualdo Ferreira e a 20 de maio de 2013 Jardim foi apresentado.
O leão voltou à Champions pela mão do madeirense, numa época bem mais compatível com a grandeza do clube verde e branco. O presidente Bruno de Carvalho apontou ao título na próxima temporada, enquanto Jardim, perante tal declaração, afirmou que o Sporting terá de criar condições para tal.
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Porém, já não será com o madeirense ao leme. Mais uma vez, Jardim encurtou estadia, ficou-se a meio caminho no Sporting e partiu, muito provavelmente rumo ao Mónaco. Volta a não terminar um contrato, mas, desta vez, ninguém pode dizer que não estava à espera. Pelo que se disse nas últimas semanas e porque a carreira de Jardim tem sido feita destes atalhos.
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