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Liga (análise): a paz vale mais do que três pontos

Depois da jornada 13...

Os três ganharam ficou tudo igual na frente. De facto assim parece, olhando apenas para os pontos. Mas creio que não foi exatamente assim.

Sporting, Benfica e FC Porto ganharam, de facto, mas não foi apenas isso que sucedeu.

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A equipa de Leonardo Jardim acrescentou uma semana à euforia da jornada passada, quando festejou a liderança isolada, coisa de que os miúdos com 16 anos ou menos não tinham memória. Nesta ronda aproveitou o dérbi para nos lembrar que isto é sério. Tão sério que a perguntinha marota «então, é hoje que se assume candidato?» está morrer de morte natural. O Sporting é candidato, sim. Para já candidato a melhor equipa da atualidade. Esta semana candidato a fechar 2013 à frente de todos os outros. Candidato, enfim, a poder encarar 2014 com tranquilidade.

Mesmo que Jardim estique o discurso do processo e dos objetivos por mais uns tempos, o essencial já não se apaga. E o essencial, até ver, é isto: o Sporting reequilibrou-se. É outra vez um clube tranquilo, com uma equipa confiável. E como o fez a partir de uma estrutura razoavelmente jovem, pode acreditar no futuro. Se será campeão ou nem por isso, logo se verá. Há tempo.

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O Benfica também ganhou mais do que os três pontos. Depois da lamentável má figura na Liga dos Campeões e do inesperado empate em casa com o Arouca, ganhar era preciso. Claro que a equipa de Jorge Jesus não jogou grande coisa, até sofreu dois golos de uma equipa que se me perguntassem apostaria que nunca seria capaz de tal feito.

O treinador viu lá de cima, no último jogo de castigo, todos os males do Benfica. Mas salvou o essencial: a paz que as vitórias quase sempre permitem. E isso foi mais do que apenas somar três pontos.

Último a entrar em campo, o FC Porto provou a si próprio que também sabe fazer golos. Depois dos tiros aos postes, dois defesas chegaram-se à frente para ajudar Jackson. O campeão apresentou algumas das habituais fragilidades atrás, mas os jogadores quiseram muito ganhar e isso notou-se.

Além dos três golos e outros tantos pontos, Carlos Eduardo. O treinador continua a tentar convencer-nos de que os jogos passam, os jogadores mudam e só o sistema se mantém. Como no caso de Jardim, já não vale a pena perguntar, até porque basta ver. Fernando pareceu-se com ele. Lucho teve o repouso que merece e para Carlos Eduardo ficou o papel que tão bem desempenhava no Estoril: ligar tudo aquilo. Licá manteve-se nas alas, tal como Varela. Afinal, a solução que tão bem funcionava no arranque da temporada. Caíram da carruagem Josué e Quintero, o que também faz sentido.

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Desde o princípio de outubro, jornada 7, que os grandes não venciam todos ao mesmo tempo. E ainda há quem se queixe deste campeonato, construído sobre os erros de FC Porto e Benfica e a solidez do Sporting.

Quem se destaca após o habitual trio é o Estoril. Já nesta segunda-feira, a equipa da Linha comprovou o que João de Deus dissera a seu tempo: o Gil Vicente não andaria pelos lugares europeus por muito tempo. Triunfo seguro dos canarinhos, perante um adversário sem argumentos para equilibrar a questão.
O Nacional também venceu, após quatro empates consecutivos, mas Manuel Machado admitiu que o lanterna vermelha da Liga merecia mais. Bela primeira parte do Paços de Ferreira, desesperadamente à procura de pontos. Não chegou, ainda assim. 

Esta foi também mais uma jornada alegre para quem se desloca. De resto, não há um campeonato como o nosso, praticamente com tantas vitórias fora como sorrisos em casa. Um fenómeno.

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O Vitória de Guimarães, por exemplo, afogou as mágoas europeias em Arouca. Para Rui Vitória esta foi o quarto triunfo fora de portas. É regra: se quiser ver a sua equipa a ganhar, faça-se à estrada.

A jornada foi feliz para os rivais do Minho, de resto.  Jesualdo Ferreira derrotou pela primeira vez o antigo jogador José Couceiro. Nada especialmente grave para o Vitória de Setúbal, que apesar de tudo não desiludiu em Braga. O Sporting local aproximou-se para ouvir as conversar sobre a Liga Europa, embora por enquanto só lhe chegue aos ouvidos o eco. Vai precisar de fazer mais. Por exemplo já na próxima jornada, na Madeira.

Curiosidades: o Sporting somou a quinta vitória consecutiva, igualou o que o Benfica já tinha feito. O Olhanense continua sem ganhar com Paulo Alves. O Arouca não vence desde 15 de setembro. Desde que marcou ao FC Porto, o Belenenses nunca mais foi capaz de festejar um golo. O Marítimo precisou de perder em Alvalade para encontrar o caminho, depois dessa derrota dois empates e duas vitórias. O Vitória de Guimarães é a equipa que melhor rentabiliza os golos que faz: 13 deram 18 pontos. Nada mau.

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