Belenenses-União Madeira, 1-0 (crónica)
A caravela do Restelo segue de vento em popa, com a quarta vitória consecutiva em quatro frentes distintas. Depois dos triunfos na Taça da Liga, Taça de Portugal e Liga Europa, todos longe de Lisboa, a equipa de Ricardo Sá Pinto regressou esta segunda-feira a casa para bater o União com um golo no último minuto e, assim, somar também um triunfo na Liga, talvez o mais difícil dos quatro, diante de uma equipa madeirense que deu muita luta num jogo que fica marcado pela intensa chuva que caiu ao longo de toda a primeira parte. Já poucos acreditavam que o nulo se ia desfazer, quando, no último minuto, na sequência de um pontapé de canto, Tiago Caeiro marcou o golo que vale a preciosa vitória para o Belenenses. Dizemos preciosa porque não foi nada fácil, pelo contrário. O União bateu-se bem e esteve por largos minutos por cima do jogo e não merecia voltar à Madeira de mãos a abanar. Mas comecemos pelo princípio. Uma bomba de André Sousa e duas rápidas investidas de Kuca deixaram claras as intenções do Belenenses que procurava um golo cedo para poder gerir o jogo e, sobretudo, o esforço despendido nas últimas semanas em que a equipa do restelo jogou em quatro frentes, sempre longe do Restelo. Mas a verdade é que ultrapassados os primeiros cinco minutos, sob intensa chuva, o União equilibrou o jogo e até conseguiu algum ascendente sobre a equipa da casa. Ricardo Sá Pinto apostou exatamente no mesmo onze que se cobriu de glória em Basileia a meio da semana e, com o terreno encharcado como estava, notou-se a diferença na disponibilidade física entre os dois conjuntos, com os madeirenses bem mais frescos, tendo em conta que, depois de adiado o embate como Benfica na Choupana, já não jogavam quase há um mês para a Liga. Rapidamente a tendência do jogo inverteu-se, com o União a instalar-se no meio-campo dos «azuis» que jogavam agora em contra-ataque.
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