FC Porto-Rio Ave, 3-0 (crónica)
Um toque de magia a disfarçar noite tristonha
Foi um FC Porto sem brilho, sem chama, de serviços mínimos, de algum modo ainda na ressaca da eliminação na Luz, e a atuar no «day after» à grande festa do eterno rival.
Ainda assim, foi um FC Porto vencedor, a garantir matematicamente o terceiro posto na Liga e, por consequência, a selar o acesso ao «play off» da Champions da próxima época. Era o mínimo, e já a colocar a fasquia bem por baixo, de uma época para esquecer na casa portista.
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Um toque de magia de Quintero, num momento encantado a assistir Herrera para o 2-0, e avolumar do resultado (3-0 mesmo no fim) disfarçaram noite tristonha com uma das piores assistências da época no Dragão.
O Rio Ave, em clima oposto, apareceu no Dragão ainda com os resquícios da euforia do apuramento histórico para o Jamor, que lhe garantirá estreia europeia.
Num jogo fraco, com momentos que chegaram a ser irritantes, valeu o bom arranque do conjunto visitante, a resposta adequada dos azuis e brancos, mas a forma como a intensidade do duelo foi baixando chega a ser preocupante. E valeu, é claro, aquele toque de magia de Quintero a selar o triunfo portista, no golo de Herrera.
A primeira meia hora até prometia. O Rio Ave entrou atrevido, disposto a marcar. Tarantini, primeiro, e Rúben Ribeiro (a surpresa do onze), depois, tentaram a sua sorte, aproveitando uma certa apatia que já se notava na fluidez do jogo portista.
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Na resposta, a equipa da casa dava mostras de querer pegar no jogo e acercava-se da baliza de Ederson.
Que quarto de hora irritanteMas o último quarto de hora da primeira parte foi mesmo para esquecer. O FC Porto perdeu o fio de jogo, o Rio Ave deixou-se de atrevimentos. A intensidade baixou, as oportunidades desapareceram e, de súbito, começámos a ver faltas despropositadas, sem grande nexo.
Em três minutos, três jogadores do FC Porto viram amarelos, em sinal de algum desnorte. O intervalo chegava com um empate sensaborão.
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