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«Aconteceram números semelhantes ao nosso campeão nacional na Champions»

A análise de João Henriques, treinador do Moreirense, à goleada sofrida frente ao FC Porto no Dragão (5-0)

Estádio do Dragão, Porto

João Henriques, treinador do Moreirense, em declarações na sala de imprensa do estádio do Dragão, após a goleada sofrida frente ao FC Porto (5-0), em jogo da sexta jornada da Liga: «Em 7 remates enquadrados, marcaram cinco golos. Não soubemos fazer uma coisa que fizemos bem na primeira: não deixar que o adversário tivesse oportunidades. Aconteceu a grande penalidade e uma situação de perigo. Também conseguimos chegar à área do adversário com duas situações muito perigosas. Não estávamos a deixar o FC Porto chegar à nossa área com muito perigo. O FC Porto tinha posse de bola, mas era consentida para criar espaço para as transições. Estava tudo a correr bem, estávamos dentro do jogo apesar da grande penalidade. Na segunda parte deitámos por terra tudo o que falámos no intervalo. A ideia era continuar a não deixar o FC Porto ter oportunidades e ter maior critério no último terço para ferir o adversário. Não aconteceu nada disso. O segundo golo permitiu ao FC Porto ficar confortável no jogo. A partir daí, o encontro mudou completamente, a equipa não soube manter o equilíbrio emocional e perdeu-se. Sofremos cinco golos: dois em duas transições, um de penálti e dois a partir de erros individuais. Está tudo dito. Assim é difícil.  Quando o FC Porto fica confortável no jogo, naturalmente que a sua qualidade e confiança disparam. Tem mais bola, cria mais situações e controla completamente a partida. Trabalhámos durante a semana para que estas situações não acontecessem. E aconteceram duas vezes no terceiro e quinto golos. O segundo e o quarto são erros individuais e o primeiro surgiu através de um penálti.  Quero valorizar a primeira parte, a forma como estivemos organizados e saímos em transição. A segunda parte foi totalmente diferente do que pretendíamos.  À sexta jornada defrontámos quatro equipas que acabaram nos seis primeiros lugares da época passada. Sabíamos que o calendário era difícil e que a probabilidade de conquistarmos muito pontos não era alta. O grupo apresenta uma saúde tremenda em termos anímicos, de entrega ao treino. Não vai acontecer nada de diferente esta semana. Sabíamos que tínhamos de passar por estes jogos e somar o máximo de pontos possíveis. Vamos defrontar o Arouca e o Marítimo, equipas do nosso campeonato e depois voltámos a defrontar o Sporting. Este grupo precisa de uma vitória. Já tivemos bons jogados e fizemos sempre golos. Este foi o único jogo fora da caixa.  Preocupa-nos a forma como disputámos o jogo depois do 2-0. Mentalmente não fomos capazes de superar o penálti e o erro individual. Como um todo, temos de saber que estes momentos vão acontecer. Este fim de semana assistimos a goleadas em toda a Europa. Isto acontece, mas só pode acontecer uma vez. Esta ficha foi gasta, agora vamos disputar os jogos que queremos e somar pontos.  Houve muitos empates até ao momento, o que significa que ninguém está a fugir. Estamos vivos, o grupo é bom, tem qualidade e o trabalho está a ser bem feito. A equipa tem sido competitiva com exceção do jogo de hoje. Temos agora uma semana para trabalhar o próximo jogo que deveria ser disputado já amanhã.  Este foi o primeiro jogo em que não fizemos golos nem remates enquadrados. Isso aconteceu devido à segunda parte em que não estivemos bem. Este jogo tem de servir de aprendizagem. Hoje vi que tínhamos números idênticos aos do FC Porto em média de remates por jogo. Aliás, tínhamos melhor média de cruzamentos. A diferença é que do outro lado, a eficácia em termos defensivos e ofensivos é superior.  Temos de ser pragmáticos na adversidade e perceber que o jogo não acabou ali. Temos de manter o plano. Quem não cumpre o que preparámos não pode fazer parte de um grupo. Pessoalmente, nos  mais de 100 jogos que tenho na Liga, é a segunda vez que tenho um resultado com números estranhos. Acontece a todos, mas só acontece quando algumas coisas não devem acontecer. Pode acontecer outro resultado desnivelado, mas será por culpa minha. O grupo tem de estar unido e cumprir o plano traçado. A partir do 2-0 esteve outra equipa lá dentro.  No próximo jogo vamos estar preparados para atacar o adversário e conseguir a primeira vitória. Há calendários e calendários. Quando se defrontam equipas grandes, a probabilidade de pontuar é menor. Já consegui pontuar com os grandes e o Moreirense também, mas nunca aqui no Dragão. Os números são um soco. Aconteceram números semelhantes ao nosso campeão nacional na Liga dos Campeões e é difícil de digerir. O que não quer dizer que no próximo jogo não tenhamos de ser iguais a nós próprios.»  

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