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A décima do Paços nos pés de Bebé

Melhor marcador português da Liga 2013/14 relança a carreira

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Ao marcar nesta quarta-feira, na decisão do play-off diante do Desp. Aves, o golo que abriu caminho à permanência do Paços de Ferreira no escalão principal, Bebé não se limitou a apontar o 13º tento na sua conta pessoal desta temporada. Reforçando o protagonismo no sofrido final de temporada dos castores, o avançado do Manchester United marca o seu relançamento como um dos nomes de quem ainda é legítimo esperar algo de relevante, no contexto do futebol português e não só. O livre direto com que bateu o veterano Quim teve qualquer coisa de «ronaldesco», na forma como a bola subiu para passar a barreira e caiu a pique junto ao poste esquerdo do guarda-redes. Mas talvez seja melhor refrear as comparações uma vez que, a mês e meio de completar 24 anos, Tiago Manuel Dias Correia, passou demasiado tempo a deitar para trás das costas os rótulos apressados – bons e maus – que lhe foram colados assim que o seu empresário Jorge Mendes consumou uma das transferências mais surpreendentes da história recente, levando-o para Old Trafford, no verão de 2010. Sem espaço para se impôr nos «red devils», e com uma lesão gravíssima no joelho a hipotecar a hipótese de afirmação no Besiktas, para onde foi emprestado em 2011/12, o jogador que um dia brilhou no futebol de rua só renasceu verdadeiramente no regresso a Portugal, em janeiro de 2013. Os seis meses em Vila do Conde, no Rio Ave, já tinham deixado alguns sinais positivos, mas com escassa tradução em golos. O problema ficou resolvido com a transferência para a Mata Real onde, pela primeira vez na sua carreira (!) fez uma temporada completa com utilização regular. Apesar da evidente instabilidade no clube, os seus 11 golos para a Liga (dez dos quais conseguidos numa segunda volta a todo o vapor, que foi traduzindo o reforço da confiança) tornaram-no o melhor marcador português desta edição do campeonato - sucedendo a Éder e Edinho, que na época passada apontaram 13 tentos ao serviço de Sp. Braga e Académica. 
A eficácia assinalável na cobrança de livres diretos e uma propensão para golos espectaculares, em remates de fora da área, foram mais ingredientes que fizeram reativar os radares em seu redor- em Portugal e em Inglaterra, pelo menos. E se ainda foi cedo para pensar numa convocatória para o Mundial, depois disto, ninguém pode garantir que a seleção fica fora dos seus horizontes. Afirmações como  esta confirmam esta ideia e ajudam a sublinhar que o seu patamar de ambições deixou de ser o de uma promessa perdida. Costinha falhou, Calisto melhorou, Costa salvouA salvação do Paços de Ferreira, com recurso ao ‘play-off’ frente ao Desportivo das Aves, também deve ser analisada à luz do aproveitamento dos seus treinadores. Foram três ao longo da temporada. Costinha, antigo internacional português, mereceu a confiança dos responsáveis do clube depois de Paulo Fonseca ter rumado ao FC Porto. O ‘Ministro’ assumiu a pasta num arranque complicado, desde logo pelo duplo embate com o Zenit de S. Petersburgo, no acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Os castores somaram duas derrotas em igual número embates com a formação russa e rumaram à Liga Europa. Pelo caminho, foram averbando desaires no campeonato. No total, sete jogos sem resultados positivos nas competições. O rendimento subiu mas não o suficiente para convencer os adeptos e a direção. Costinha partiu ao fim de 14 compromissos oficial com 2 vitórias (14%), 2 empates (14%) e 10 derrotas (72%). Henrique Calisto regressou a Paços de Ferreira para mudar o cenário. Enfrentou os restantes jogos da Liga Europa e apontou para a recuperação no campeonato. Porém, haveria espaço para mais uma chicotada na Mata Real. 20 jogos mais tarde, Calisto foi afastado do cargo. Garantira 5 vitórias (25%) e igual número de empates (25%) entre 10 desaires (50%). Jorge Costa entrou para a última fase da temporada e chegou a tirar o Paços da zona de despromoção. Não chegou a porto seguro, ainda assim, e teve de enfrentar o ‘play-off’. Com um empate e uma vitória caseira frente ao D. Aves, garantiu o saldo positivo e a manutenção. No total, o antigo central orientou os castores em 12 jogos, com 4 vitórias (33%), 3 empates (25%) e 5 derrotas (42%). O melhor registo entre os três. 

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